Os Estados Unidos mostraram-se na segunda-feira preocupados com o aumento de casos de Covid-19 na China, com o porta-voz do Departamento de Estado destacando que um forte impacto da pandemia irá afetar a economia mundial.
Numa conferência de imprensa, Ned Price vincou que “a força do vírus é uma preocupação para o resto do mundo, dado o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) da China e o tamanho da sua economia”.
“Uma posição forte contra a Covid-19 não só é boa para China, como para o resto do mundo”, disse, citado pela Reuters.
Ned Price também apontou que as várias variants do vírus, referindo que o mundo “tem assistido às várias mudanças e essa é certamente outra razão para o qual [os Estados Unidos] estão tão preocupados em ajudar os outros países a enfrentar a Covid-19”.
Apesar de, inicialmente, as medidas de restrição terem prevenido um número muito grande casos comparativamente com o resto do mundo, a verdade é que o governo desincentivou à vacinação e manteve uma polícia de implementação de confinamentos ao mais pequeno surto. Em 2022, enquanto a grande maioria do globo já tinha levantado as medidas graças a taxas de vacinação altas, a China continuou a forçar dezenas de milhões de pessoas a fecharem-se em casa perante o surgimento de qualquer caso.
Agora, depois de os maiores protestos contra o regime dos últimos anos, o regime acabou por ceder e decidiu levantar as imposições, mas fez sem preparar os serviços de saúde e sem incentivar à vacinação contra a Covid-19.
A Comissão Nacional de Saúde chinesa registou na segunda-feira as primeiras mortes por Covid-19 em várias semanas, mas a proliferação nas redes sociais de relatos de leitos de hospitais lotados tem deixado a população cética sobre os dados oficiais.
Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a China registou pouco mais de 10 milhões de casos desde o início da pandemia, com cerca de 21 mil registados nas últimas 24 horas. Morreram pelo menos 31 mil pessoas devido à Covid-19.
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