Estudantes de SP desenvolvem jogos e apps para combater feminicídio e violência doméstica

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Dois jovens desenvolvedores de games, Tayla Dantas e Mario Henrique Silva, criaram um game que pretende ajudar a combater o feminicídio, chamado Illis, disponível para o sistema Android.

As protagonistas representam mulheres que inspiraram leis de proteção: Maria da Penha, Carolina Dieckmann, Joana Maranhão e Lola Aronovich.

“Essa referência lúdica é uma forma leve e divertida de aproximar as pessoas de uma temática pesada que é a violência de gênero”, explica a professora da Fatec Carapicuíba (SP), e parceira da dupla na segunda versão da franquia, Illis Por Elas, Erika Caramello.

O roteiro dos jogos conta com cinco fases que retratam os tipos mais comuns de violência contra a mulher: física, sexual, psicológica, patrimonial e moral. “O Illis por Elas será mais acessível para as mulheres que não são gamers hardcore e para quem não possui um celular tão potente”, afirma Tayla.

A produção tem sido feita pelo estúdio Hyper Foccus da dupla Tayla e Mario, em parceria com a empresa Dyxel. Para viabilizá-lo, os empreendedores estão captando patrocinadores que tenham interesse em associar suas marcas a projetos de inovação com temas sociais.

Todas por Uma

A aplicação da tecnologia na prevenção e redução da violência inspirou também os estudantes do técnico de Desenvolvimento de Sistemas da Escola Técnica Estadual (Etec) Professor Horácio Augusto da Silveira que lançaram o aplicativo Todas por Uma. A ferramenta, que permite o envio por SMS da localização e do pedido de ajuda da vítima, foi desenvolvida por Bianca Santos, Carlos Andrade, Juan Freire, Mateus de Lima e Tiago Reis e lançada em 2020.

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Seguidoras postam fotos do app Todas por Uma e divulgam nas redes a ferramenta de combate à violência. Foto: divulgação

Entusiasmados com o alcance de mais de 15 mil downloads no Google Play Store, no período de cinco meses, alguns dos desenvolvedores do grupo partiram para a produção de outra ferramenta inteligente de segurança chamada Nice. O nome é uma homenagem à mãe de Mateus, que foi vítima de violência doméstica.

O Nice é um dispositivo do tamanho de uma bateria de relógio capaz de rastrear a localização da usuária que acionar o alarme de perigo e pedido de ajuda. O aviso de emergência não depende do uso do celular. Pelo tamanho mínimo de 3cm por 2cm, ele é discreto e de fácil manuseio podendo ser colocado na bolsa, na roupa ou em algum acessório que a mulher esteja usando.

Fonte: Centro Paula Souza

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