Em seguida uma estudante iraniana reivindicar contra o rígido código de vestimenta do país ao se despir dentro de uma universidade, uma vaga de esteio à jovem tomou conta das redes sociais, mas também aumentou a preocupação com a provável retaliação das autoridades. Organizações de direitos humanos temem que a estudante, que teria sido levada para um hospital psiquiátrico, possa estar sofrendo torturas.
No Irã, é geral que prisioneiros, mormente manifestantes, sejam transferidos para hospitais psiquiátricos. De negócio com o The Guardian, a Anistia Internacional encontrou evidências de tortura contra prisioneiros políticos nesses hospitais, relatando práticas porquê choques elétricos, espancamentos e uso de drogas para debilitar os detidos.
O protesto da jovem ocorreu na Universidade Islâmica Azad, em Teerã, onde, ao ser instruída a vestir o véu islâmico, ela se rebelou, removendo suas roupas até permanecer de roupa íntima. O vídeo do protesto viralizou, chamando a atenção de internautas e de líderes de organizações não governamentais.
Women in meão London gathered to support Ahoo Daryaei, a student protester from the Islamic Azad University of Science and Research, and other victims of Iran’s mandatory hijab policies, demonstrating in costumes from The Handmaid’s Tale and partially undressing in solidarity. pic.twitter.com/ynqVTQTnbn
— Iran International English (@IranIntl_En) November 8, 2024
Alguns veículos iranianos sugeriram que a ação da estudante seria resultado de problemas de saúde mental, justificando sua internação em um hospital psiquiátrico. Dias depois, o governo iraniano declarou que a jovem estava recebendo tratamento, mas sem detalhar a natureza desse atendimento.
Apesar de sua identidade não ter sido oficialmente divulgada, usuários nas redes sociais acreditam que a jovem seja Ahou Daryaei, estudante de Literatura Francesa. A solidariedade nas redes é expressiva, com mensagens porquê “Se Ahou é louca, todos nós somos loucos” ecoando entre os usuários.
De negócio com jornal Iran Information, Fatemeh, uma iraniana de 29 anos, comentou o caso: “A vida é dura para muitos de nós. Enfrentamos dificuldades financeiras, políticas e sociais. Várias vezes pensei em tirar toda a roupa, mas nunca tive coragem suficiente.”
O Meio para os Direitos Humanos no Irã (CHRI) criticou severamente a transferência da estudante para o hospital, chamando-a de “sequestro”. Segundo o diretor Hadi Ghaemi, as autoridades iranianas usam a hospitalização psiquiátrica involuntária para reprimir opositores, alegando instabilidade mental para minar a credibilidade dos manifestantes. “Essa prática procura desacreditar ativistas, rotulando-os de instáveis, numa tentativa evidentemente ilícito de silenciar a oposição”, declarou Ghaemi.
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