Elizeu de Freitas Júnior, de 19 anos, passou em primeiro lugar no curso de medicina da UFJ (Universidade Federal de Jataí), em Goiás. O jovem foi diagnosticado com transtorno do espectro autista quando o jovem tinha 12 anos.
Segundo uma reportagem de Ed Rodrigues para o portal Ecoa, o estudante pretende avançar em neurologia para levar um atendimento mais cuidadoso a pessoas autistas e com transtornos mentais por meio da criação de uma clínica especializada.
Na entrevista, o jovem conta que sempre teve afinidade com as ciências biológicas. A curiosidade por biologia e química foi aumentando até que, no ano passado, ele decidiu que seguiria realmente pela medicina.
“Sempre me lembro do médico que me diagnosticou. Por causa daquele atendimento, decidi em 2021 prestar vestibular para medicina. Estudei oito horas por dia durante a semana, revisei muitas matérias, resolvi questões. E nos fins de semana fiz simulados e redações”, explicou.
Natural de Rondônia, o jovem, que sempre estudou em escolas públicas, explica que quer ajudar pessoas autistas para que elas não passem pelas dificuldades que passou. A começar por aquelas que teve para ser diagnosticado corretamente.
Além disso, ressalta o futuro médico, um diagnóstico precoce pode ajudar em problemas de interação social, ansiedade e timidez, aspectos que as pessoas no espectro autista enfrentam, mas que podem ser trabalhadas com o devido acompanhamento.
“Somos capazes de realizar qualquer um dos sonhos que tivermos. Tudo é dedicação e esforço. A gente só precisa acreditar no nosso potencial”, afirmou ao site Deficiente Ciente.
O futuro médico neurologista deve começar o curso na UFJ no meio do ano, quando se mudará para Jataí com os pais.
Fonte: O Hoje
Fotos: Arquivo pessoal
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