O surgimento da variante Ômicron do coronavírus levantou muitas questões sobre a eficácia das vacinas que estão sendo administradas atualmente. Vários estudos iniciais sugerem que a nova variante pode facilmente iludir a imunidade fornecida pelos imunizantes ou adquirida após uma infecção natural, o que tem provocado receio na comunidade médica e científica.
Ainda assim, atualmente, vacinar-se é a melhor opção para se manter seguro e reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e pelas suas múltiplas variantes. Contudo, não é possível descartar a possibilidade de reinfeção e o risco é mais elevado entre um grupo específico de pessoas, explica um artigo publicado no jornal Times of India.
De acordo com um estudo recente divulgado no Journal of Medical Economics, os indivíduos imunocomprometidos estão mais propensos a serem reinfectados mesmo após tomarem ambas as doses da vacina contra a Covid-19.
O estudo observou quase 1,3 milhões de pessoas que receberam ambas as doses do imunizante mRNA da Pfizer.
No final, os investigadores constataram que ambas as doses de vacina são altamente eficazes para a generalidade da população, porém em pessoas com um sistema imunológico enfraquecido o risco de infecção aumenta em três vezes. Cerca de 0,18% dos pacientes imunocomprometidos adoeceram em comparação com 0,06% dos pacientes não imunocomprometidos.
As pessoas imunocomprometidas têm um sistema imunológico fraco que limita a sua capacidade de combater uma infecção ou doença. Dependendo da condição de que se sofre e da gravidade, a pessoa pode estar permanentemente ou temporariamente imunocomprometida. Indivíduos com imunidade comprometida incluem aqueles que sofrem de HIV / câncer, doença renal, reumatologia ou outras condições inflamatórias, receptores de transplante de medula óssea ou órgãos. Dos 978 casos de reinfecção após a toma da vacina da Covid-19, 124 necessitaram de hospitalização. Nesse grupo, 74 pacientes eram imunocomprometidos.
Embora o estudo sugira claramente que as pessoas imunocomprometidas são mais propensas a serem reinfectadas após a vacinação, também foi observado que apresentam uma menor probabilidade de serem hospitalizadas ou morrer devido ao coronavírus.
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