A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou nesta segunda-feira, 13, o primeiro caso humano de febre amarela de 2025. O paciente é um varão de 27 anos, morador da capital paulista, que esteve recentemente em uma dimensão rústico no município de Socorro, na região de Campinas. Ainda não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde do jovem.

 

Até portanto, os últimos casos no estado haviam sido registrados no primeiro semestre de 2024. Em março, um varão de 50 anos que morava em Águas de Lindóia e costumava se transladar pela região de Monte Sião, em Minas Gerais, morreu em decorrência da doença. Pouco depois, um rapaz de 28 anos foi diagnosticado na zona rústico de Serra Negra. Ele estava vacinado e se recuperou completamente.

Mortes de macacos

Quatro macacos macaco foram encontrados mortos na mata do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, na semana entre o Natal e o Ano Novo. Testes confirmaram que os animais foram vítimas de febre amarela. Aliás, exames realizados em um primata em Pinhalzinho, na região de Campinas, também testaram positivo para a doença.

Nesta segunda, a SES confirmou outros quatro casos em animais, sendo três registros em Ribeirão e um em Socorro.

Diante das confirmações, a SES ampliou ações de vacinação e procura ativa de pessoas não imunizadas, priorizando áreas de mata. “Estamos trabalhando junto com a Vigilância Epidemiológica tanto da região de Campinas quanto da região de Ribeirão Preto numa vacinação seletiva”, informou em nota a coordenadora de Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES-SP, Regiane de Paula. Segundo a pasta, foram encaminhadas 55 milénio doses da vacina para Ribeirão Preto e 75 milénio para a região de Campinas.

Porquê ocorre a transmissão?

Há dois diferentes ciclos de transmissão da febre amarela, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nesse ciclo, o varão participa uma vez que um hospedeiro eventual ao frequentar áreas de mata. Já no ciclo urbano, o varão é o único hospedeiro com relevância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de mosquitos Aedes aegypti infectados.

A febre amarela pode ser transmitida por macacos?

Não. Apesar de os macacos serem hospedeiros da doença no seu ciclo silvestre, ela é transmitida unicamente por mosquitos infectados.

Qual a melhor forma de se proteger?

A principal medida de proteção contra a febre amarela é a vacinação. Atualmente, o calendário vacinal prevê uma ração do imunizante aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos. Em pessoas com mais de 5 anos não vacinadas previamente, utiliza-se o esquema de ração única. O imunizante é oferecido gratuitamente em postos de saúde de todo o País.

Quais os sintomas da febre amarela?

De tratado com o Ministério da Saúde, os sintomas iniciais da doença são: febre de início súbito, calafrios, dores na cabeça, nas costas e no corpo em universal, além de enjoo, vômito e fraqueza.

Via de regra, as pessoas melhoram em seguida esses sintomas, mas 15% ficam muro de um dia sem sintomas e, depois, evoluem para quadros mais graves. Por isso, é importante ter um seguimento médico.