Equipes de Coreografia e de Dança de Salão medalhistas nos Jogos da Melhor Idade 2023 se apresentam na E. M. “Prof. Flávio de Souza Nogueira”

Os alunos da Escola Municipal “Professor Flávio de Souza Nogueira” receberam, nesta quarta-feira (4), a visita especial das equipes de Coreografia Misto e de Dança de Salão de Sorocaba, que foram medalhistas de bronze na Final Estadual da 25ª edição dos Jogos da Melhor Idade (JOMI) 2023, em São José do Rio Preto (SP). Em uma manhã de diversão, reflexão e muita integração, os atletas da terceira idade se apresentaram aos adolescentes e a seus professores e, ao final, convidaram todos para dançarem juntos na quadra poliesportiva da unidade.


A oportunidade desse encontro entre gerações, com troca de experiências e aprendizados, aliando esporte e cultura, foi oferecida pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Educação (Sedu) e da Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida (Sequav), beneficiando não apenas os adolescentes, mas fazendo toda a diferença também para a vida dos atletas da terceira idade.


A professora de Educação Física, Renata Brocco Kumagai, que organizou a atividade especial, explicou que o objetivo principal foi de aproximar os alunos da dança de salão e dessa vivência com os mais experientes. “Muitos alunos percebem a dança de salão como algo distante deles e, até por parte de alguns, há certa resistência, seja pelo receio do desconhecido ou pela falta de vivenciá-la, por isso quisemos mostrá-la como uma atividade física prazerosa, onde sempre há tempo de aprender e que traz muitos benefícios para o corpo e mente, em qualquer idade”, enfatizou.


Para a professora, a participação da terceira idade foi ainda mais enriquecedora. “Dançar não tem idade. Se a terceira idade tem energia e se diverte, em um momento prazeroso, isso também pode ser vivido por eles (jovens) daqui para frente, com um novo olhar, uma nova maneira de sentir e perceber. E a participação da terceira idade só enriqueceu e abrilhantou o nosso evento e fez aquele elo importantíssimo de gerações”, completou.


Walkyria Aparecida Barbosa Leite Alquati, de 61 anos, uma das esportistas medalhistas da equipe de Coreografia que se apresentou na escola, falou que essa experiência ficará guardada para sempre em sua memória. “Essa vivência está memorizada em meu coração. Fazer 60 anos não é fácil, tem que cuidar da mente, do corpo e da alimentação para chegar aos 80 e a dança te dá tudo isso, ela te insere em um caminho muito gostoso para trilhar. Essa emoção que eu senti ao vê-los se soltar, a se conhecerem melhor, a se expandirem, foi incrível. Eles abriram o coração para a dança. Saíram do casulo e se transformaram em lindas borboletas”, brincou.


A técnica de Esportes da Sequav, Edileine Pauletti Bazani, uma das profissionais que atuam com a terceira idade nas competições regionais e estaduais, acompanhou a visita do grupo na escola. “Nosso objetivo também é desmitificar qualquer preconceito, pois muitos jovens acham que o idoso não tem mais capacidade de fazer as coisas e isso não é verdade. Há idosos que nadam, correm, praticam vôlei, dançam. São pessoas ímpares e essa é uma oportunidade dos jovens olharem para esses idosos e verem que, um dia, também terão a chance de fazer inúmeras coisas quando forem idosos, se eles se cuidarem”, explicou.


“Gostei muito dessa atividade que trouxeram para a nossa escola. Eu conhecia sobre a dança de salão, mas alguns ritmos, não e, aqui, tive a oportunidade de saber mais sobre eles. Adoraria estudar mais, conhecer mais sobre a história da dança e, provavelmente, faria dança fora da escola, sim”, afirmou a estudante Camila, do 9º ano A, que adora músicas com ritmo mais frenético.


“Achei muito boa a apresentação. Além de interagir com alunos de outros anos e aprender coreografias diferentes, me diverti muito. Seria muito legal
ter mais vezes essa atividade na escola. Danço bastante, fora do horário de aula, e gosto das músicas mais animadas”, destacou Elisa, do 8º ano D.


Já, Elen, também aluna do 8º ano D, gostou bastante do tango. “Não conhecia essa coreografia e achei muito interessante. Aprenderia mais sobre o samba também”, contou a jovem, que gosta de Hip Hop e também do estilo contemporâneo.


Para o professor de Educação Física, Fernando Vasconcelos, que trabalha com dança de salão com a terceira idade, essa integração foi muito importante. “Essa união de dois ‘mundos’ diferentes é importante, tanto para os idosos, quanto para os adolescentes”, enfatizou.


Os integrantes da equipe de Coreografia na modalidade são: Aparecida Donizete Pereira Machado, Eliana Aparecida Galvão, João Fábio Leonardi, Keiko Kakiuchi, Maria Aparecida Oliveira, Marilí Nerina Bruestle Pereira da Silva, Regina Célia de Paula Guimarães Rocha de Oliveira, Regina Hiromi Nishimura Suzuki, Suely Aparecida Rodrigues, Vera Lúcia Galhardo e Walkyria Aparecida Barbosa Leite Alquati. Já, as duplas de Dança de Salão são: Creusa Aparecida Pinto e José Rubens de Carvalho (categoria A – 60 a 69 anos) e Rosa Maria de Oliveira e Valdívio Francisco de Oliveira (categoria B – 70 a 79 anos).


A maioria dos competidores da cidade treina no Centro Esportivo do Jardim Simus, por meio de um projeto realizado pela Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida (Sequav), em parceria com a ADES (Agência de Desenvolvimento Econômico Social), e todos representam o município em competições oficiais.

 

Fotos: Sedu