ISÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em sua entrevista coletiva na terça-feira (7), Donald Trump retomou com desassombro uma série de ameaças territoriais feitas a países amigos dos Estados Unidos, para espanto global.
Soa porquê diversionismo político do presidente que assume no dia 20, temperado por sua folclórica noção de geopolítica, mas as vítimas escolhidas sabem que não há zero de puro na opção de Trump de mirar o Canadá, a Groenlândia e o conduto do Panamá.
Em diferentes momentos históricos, essas regiões ou tiveram contenciosos ou estiveram no escopo de Washington.
‘CULPE O CANADÁ!’
A relação mais antiga é com os canadenses, que são tão vistos porquê secção dos EUA pelos americanos que até viraram item de cultura pop.
No filme da série animada “South Park” de 1999, pais interioranos criticavam o vizinho do setentrião, mais precisamente um programa de TV canadense, pelo mau comportamento de seus filhos. “Culpe o Canadá! Eles nem são um país de verdade, de todo jeito!”, esbravejava um dos personagens.
Isso vem do período formativo da América do Setentrião atual. No século 18, secção do território canadense era francesa, sendo conquistada em 1760 pelos britânicos, que dominavam porções do que viria a ser os EUA 16 anos depois.
Quando declarou guerra ao Reino Unificado em 1812, invadiu o vizinho. A situação só foi normalizada em 1815, mas escaramuças seguiram ao longo das décadas, mesmo quando o Canadá começou a tornar-se independente, em 1867 -um processo finalizado somente em 1982, ainda que o país ainda tenha o rei britânico porquê régio.
O Canadá é vendido na direita americana porquê um paraíso de liberais que dependem de seu maior parceiro, os EUA. No seu primeiro procuração (2017-2021), Trump fez do premiê, Justin Trudeau, um de seus alvos prediletos, e celebrou o pregão da repúdio do rival na segunda (6) porquê um feito seu.
Antes, o republicano havia ameaçado gabar tarifas de importação de produtos canadenses para pressionar Ottawa. Depois, voltou a proferir que os canadenses votariam para serem moradores do 51º estado americano. Discordam dele 82% dos vizinhos, segundo pesquisa do instituto Léger feita em 2024.
A ameaço tarifária foi acrescida da sugestão ao recurso à força militar no caso da Groenlândia e do Panamá, gerando protestos dos envolvidos. Para complicar, diferentemente do Canadá, há argumentos estratégicos no interesse por esses dois locais.
CANAL DO PANAMÁ FOI AMERICANO ATÉ 1999
O caso do Conduto do Panamá remonta à geração do próprio país, separado da Colômbia com o suporte de forças americanas em 1903 porque Bogotá não chegou a um harmonia para ceder a relação entre o golfo do México e o Pacífico que os franceses tentavam fazer aos EUA.
Em troca da mão grande e armada, os EUA ganharam de forma que os termos contratuais permitiam ler porquê perpétua ou por 99 anos o controle do conduto de 82 km, obra faraônica concluída em 1914.
Isso gerou, ao longo de décadas, insatisfação no Panamá. Ao término, em 1977, o governo de Jimmy Carter acertou uma transição para reembolso final em 1999 -ironicamente, o corpo do presidente democrata estava sendo velado enquanto a discussão pegava queima.
O conduto é vital para os EUA, sendo caminho para 40% de seu tráfico de contêineres. Ao todo, 5% do transacção marítimo mundial passa por lá. Ou por outra, a direita americana diz que o vestuário de ele ter 2 de seus 5 portos operados por uma empresa de Hong Kong é prova de que a China pode bloquear o transacção americano.
O republicano reclama de tarifas cobradas pelo Panamá, restando saber se vai em frente no embate. Tampouco foi causal a teoria do republicano de renomear o golfo do México de golfo da América -aqui, referindo-se à forma porquê os americanos chamam seu país.
O golfo é um dos pontos mais vulneráveis dos EUA, fortaleza flanqueada por dois oceanos. Sua produção de petróleo e boa secção dos portos mais ativos se concentram por lá, e o risco de bloqueios navais é uma preocupação antiga -daí a preocupação com Cuba, por exemplo.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, respondeu à sugestão do republicano propondo uma outra mudança de nome. Nesta quarta-feira (8), ela disse a jornalistas que a América do Setentrião, por sua vez, poderia voltar a ser chamada de “América mexicana”, porquê mapas de séculos passados se referiam à espaço.
GROENLÂNDIA JÁ FOI OCUPADA
Já a ameaço à Groenlândia, por término, gerou ainda mais rumor por tanger um pouco esotérica. Mas o vestuário é que a maior ilhota não continental do mundo, que é um território autônomo da Dinamarca, está na mira americana há muito mais tempo.
Em 1867, o notório secretário de Estado William H. Seward, último político importante a propor claramente a anexação do Canadá, sugeriu a compra da Groenlândia e da Islândia, portanto também dinamarquesa, mas acabou dissuadido pelo Congresso. Houve debates também em 1910.
Em 1940, os nazistas tomaram Copenhague. Um ano depois, quando os americanos entraram na Segunda Guerra Mundial, Washington invadiu a Groenlândia e a militarizou, para evitar que fosse usada porquê trampolim para ataques alemães contra os EUA.
A ocupação durou o término do conflito, em 1945, mas já no ano seguinte o governo americano ofereceu à diadema dinamarquesa US$ 100 milhões pela ilhota, o que equivaleria hoje a US$ 1,6 bilhão.
Não deu notório, mas Washington manteve importante presença militar lá, que é um território da Otan, federação integrada pela Dinamarca. A base de Pituffik controla os satélites de alerta para ataques de mísseis nucleares contra a América do Setentrião.
O vertiginoso derretimento da revestimento de gelo da ilhota, ainda que Trump desconsidere a mudança climática, abriu também possibilidades de exploração mineral importante. A Groenlândia é rica em terras raras, vitais para a indústria eletrônica, ferro, tungstênio e outros. Já em seu primeiro procuração, o republicano havia ventilado a teoria, sem sucesso.
A Groenlândia tem também potenciais reservas de petróleo, objeto de libido do republicano. Por ora, o governo proíbe novas sondagens devido ao temor ambiental. “A Groenlândia é dos groenlandenses. Não está à venda”, respondeu a premiê dinamarquesa, Mette Frederiksen.
Há um pormenor na rusga, que é o vestuário de a Dinamarca ser, depois da Estônia, o país que mais ajuda em porcentagem do PIB no esforço de guerra da Ucrânia -país que Trump quer ver negociar o término da guerra com a invasora russa em termos aparentemente favoráveis a Moscou.
No primeiro procuração de Trump, rodeado por figuras mais convencionais, o grosso de suas ameaças ficou na retórica -como na rixa com o México, outro país com a história interligada à dos EUA. Agora, bem por uma claque mais ideológica e com o Congresso todo sob controle republicano, há quem tema que bufonarias virem política de governo.