A vitória do Corinthians sobre o Salgueiro, por 3 a 0, passou a falsa impressão de uma bela apresentação no sertão pernambucana. A verdade, porém, é que o time mais uma vez ficou devendo futebol. E Vagner Mancini começa a mostrar que sofre para encontrar um armador que faça o time jogar bola.
“Eu não estou satisfeito, não. O Corinthians tem de jogar muito mais. Mas o importante quando você faz os ajustes é vencer as partidas”, afirmou Mancini. “Tivemos superação e imposição. Mas ainda falta um futebol mais vistoso.”
Ele explicou que primeiro tinha de dar uma enxugada no elenco e depois avaliar os meninos. A terceira fase será a chegada de reforços. “Demos uma saneada no elenco e subimos uns meninos. A cereja no bolo será a chegada de alguns reforços pontuais. E eles vão chegar, o Corinthians está muito atento ao mercado.”
Trazer um armador é prioridade. De que adianta ter três atacantes se a bola não chega? O treinador vem trabalhando bastante nesse início de temporada para “achar” alguém que tenha a capacidade de fazer a bola chegar com qualidade nos homens da frente. Mas suas opções ainda estão bem aquém do esperado. Por isso pediu um “10” para a diretoria.
Mancini iniciou o ano prometendo dar oportunidades e sequência para Luan. Levou a cara contratação para passear na Copa do Brasil. O camisa 7 parece cada vez mais uma carta fora do baralho de Mancini após jogos nos quais pouco produziu.
Otero foi o escolhido nos últimos dois jogos. Até cruzou o escanteio do gol da vitória sobre o São Caetano. Porém, é outro que segue não transmitindo confiança ao treinador. Vitinho é jovem e Mancini teme queimar o menino.
O chileno Araos ganhou algumas chances na reta final do Brasileirão, foi elogiado e bastou os badalados estarem à disposição para voltar à condição de negociável.
Cazares foi quem mais se destacou na posição. Os bons jogos do Corinthians no Brasileirão passaram por apresentações boas do equatoriano. Contudo, uma lesão muscular o atrapalhou quando vinha no melhor momento. Demorou a se recuperar e agora faz trabalho de recondicionamento físico para tentar ajustar o Corinthians, burocrático e carente de futebol. Por enquanto, ainda não foi testado entre os titulares e virou espécie de “última esperança”.
“Vejo o Corinthians muito distante do que quero. Mas está melhorando. Foram dois jogos em campos pesados, situação de chuva e isso atrapalha o jogador mais técnico. Mas vamos melhorar”, espera o técnico.
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