ORLÉANS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O carioca João Fonseca, 18, disputa neste sábado (1º) sua primeira partida uma vez que top 100 do ranking profissional e “varão do momento” do tênis -na definição do site da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais)-, em seguida invocar a atenção do mundo no Australian Open.
Número 99 do ranking, Fonseca enfrenta o galicismo Ugo Humbert (15º), pela primeira rodada da Despensa Davis, em Orléans, a partir das 10h30 (de Brasília). O jogo abre o confronto França x Brasil.
“Para mim, é sensacional estar fazendo segmento desse momento, poder fazer história para o Brasil. Seria um sonho levar o Brasil para o Finals [a fase final da Davis] novamente”, disse Fonseca à Folha, em seguida a cerimônia de sorteio da ordem das partidas, realizada em um fortaleza do século 16.
Se vencer a melhor de cinco partidas, o Brasil enfrentará em setembro o ganhador de Croácia x Eslováquia.
No Brasil, os direitos de transmissão do confronto deste término de semana foram cedidos pela ITF (Federação Internacional de Tênis) ao pouco publicado conduto DSports. As queixas de fãs de tênis nas redes sociais, que esperavam testemunhar aos jogos em canais de maior alcance, obrigaram a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) a propalar nota esclarecendo não ter poder sobre a questão. A CBT tentou, sem triunfo, o recta de transmitir as partidas pelo seu conduto no YouTube.
João Fonseca ainda não é o número um do Brasil no ranking. Esse posto pertence a Thiago Wild (76º), que enfrenta Arthur Fils (19º) na sequência do jogo entre Fonseca e Humbert. No domingo, enfrentam-se as duplas Rafael Matos/Marcelo Melo (38º e 39º do ranking de duplas) e Benjamin Bonzi/Pierre-Hugues Herbert (287º e 277º, respectivamente). Na sequência, haverá duas partidas de simples, em princípio Fils x Fonseca e Humbert x Wild.
“A gente tem jogadores para formar um time muito potente, para encarar qualquer equipe no mundo”, disse o capitão da equipe brasileira, o ex-tenista Jaime Oncins, ele mesmo semifinalista da Davis em 1992 e 2000. Ele reconheceu, porém, o nepotismo galicismo, pelo ranking dos jogadores.
Fonseca foi uma das sensações do Australian Open, duas semanas detrás. Sobreviveu ao “qualifying”, a período classificatória, e fez sua estreia na chave principal de um torneio Grand Slam derrubando um top 10: 3 sets a 0 (7/6, 6/3 e 7/6) sobre o número nove do mundo, o russo Andrei Rublev.
Na segunda rodada, Fonseca foi eliminado pelo italiano Lorenzo Sonego, 55º do mundo, por 3 sets a 2 (6/7, 6/3, 6/1, 3/6, 6/3). Pesou contra o brasílico, em sua primeira partida solene de cinco sets, a inexperiência.
Ter chegado à segunda rodada valeu a Fonseca 13 posições na lista da ATP, saltando do 112º para o 99º lugar. Há exatos 12 meses, ele era o 854º do ranking. “Só estou buscando uma coisa, ser o número um no mundo, lucrar um Grand Slam”, disse Fonseca à reportagem.
João é hoje, de longe, o número um do ranking entre os menores de 19 anos -o mais próximo dele é o teutónico Justin Engel, 17, 369º na lista da ATP.
No ano pretérito, o carioca fez sua estreia representando o Brasil na Davis, enfrentando Bélgica, Holanda e Itália. Venceu duas partidas e perdeu uma.
A equipe brasileira levou a Orléans dois juvenis, uma vez que “sparrings”, para lucrar experiência: João Eduardo Schiessl, 20, e Gustavo Almeida, 18. Os dois são mais velhos que o titular João Fonseca, ainda que a diferença deste para Gustavo seja de somente quatro meses.