O Bayern de Munique entra em campo nesta quinta-feira, às 15 horas (de Brasília), em busca de mais uma façanha. Campeão de tudo na temporada 2019/2020 na Europa, decide o Mundial de Clubes diante do Tigres, no estádio Education City, em Al Rayyan, para igualar uma façanha alcançada pelo Barcelona em 2009. Para isso, terá de ganhar um duelo de centroavantes artilheiros.
Naquele ano, o gigante catalão venceu todos os torneios que disputou. Feito que agora pode ser repetido pelo Bayern, considerando que o Mundial é relativo a 2020, quando faturou a Liga dos Campeões, o Campeonato Alemão, a Copa da Alemanha e as Supercopas da Europa e da Alemanha. Nessas conquistas, ainda conseguiu uma histórica goleada por 8 a 2 sobre o Barcelona, nas quartas de final da Liga dos Campeões.
Por isso, o clube viajou ao Catar sob a perspectiva de “fazer história”, tratando o Mundial como a “cereja do bolo”. “Se nos tornarmos campeões deste Mundial iremos igualar os feitos históricos dos mais importantes do futebol”, lembrou o polonês Robert Lewandowski.
O destaque nas conquistas foi o centroavante, tanto que o desempenho o levou a ser eleito o melhor jogador do mundo na última temporada pela Fifa. E ele também já brilhou no Catar, tanto que marcou os gols da vitória por 2 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito, nas semifinais. Já na temporada 2020/2021, são 29 gols em 27 jogos pelo time alemão.
O Bayern não brilhou diante do campeão africano e pareceu cansado no segundo tempo da partida, mas a sua superioridade o coloca como favorito para a decisão. Ainda assim, o time sofreu uma baixa para o duelo, o zagueiro Jerome Boateng, que retornou para a Alemanha por causa do falecimento de sua ex-namorada. Com isso, a sua vaga no sistema defensivo será ocupada por Niklas Süle.
Nas edições do Mundial organizadas pela Fifa, o único alemão a ser campeão foi exatamente o Bayern, em 2013. Naquela oportunidade, a final, no Marrocos, também não se deu diante de um clube sul-americano, mas contra o anfitrião Raja Casablanca, que eliminara o Atlético-MG nas semifinais. Antes, sem a chancela da Fifa, faturou o Mundial Interclubes em 1976, diante do Cruzeiro, e em 2001, sobre o Boca Juniors.
O desafiante do Bayern está animado para fazer o maior jogo da sua história. O Tigres superou o Palmeiras no último domingo, por 1 a 0, e se tornou o primeiro representante da Concacaf a se classificar para a final do Mundial de Clubes. Resultado obtido por um time que tem dominado o futebol do México, com cinco títulos nacionais conquistados nos últimos dez anos.
A esperança do Tigres para surpreender o Bayern estará nos pés do atacante francês André Pierre Gignac, autor do gol, de pênalti, diante do Palmeiras. E ele já havia anotado os dois do triunfo sobre o Ulsan Hyundai, o campeão asiático, na fase anterior do Mundial. Também soma 21 gols marcados em 26 jogos disputados na temporada 2020/2021.
O Tigres sabe da enormidade do desafio que será superar o Bayern, mas também destaca a evolução que o futebol mexicano vem apresentando, tanto que foi finalista da Copa Libertadores de 2015, caindo para o River Plate. Por isso, o clube adota o discurso de que a vitória não seria apenas uma façanha para o time. E pede mais valorização do futebol do seu país.
“As seleções mexicanas chegaram a finais da Copa América, da Libertadores. A atenção está sempre do lado da Europa, Brasil, Argentina, Uruguai, mas, honestamente, o futebol mexicano tem um excelente nível e chegamos a esta final vencendo o campeão da Libertadores. E nós o vencemos bem”, afirmou o técnico Ricardo Ferretti.
As brasileiras Edina Alves Batista e Neuza Back foram escaladas como quarta árbitra e auxiliar reserva, respectivamente, da decisão do Mundial.
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