SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O hospital Albert Einstein afirmou nesta sexta-feira (5) que suspendeu o cirurgião plástico Alan Landecker do quadro de médicos autorizados a realizar procedimentos no centro cirúrgico da instituição.
O endereço localizado na zona sul de São Paulo é o quarto hospital na cidade a suspender os serviços do médico, investigado pela Polícia Civil sob a suspeita de deformar nariz de pacientes. Os hospitais Sírio-Libanês, Vila Nova Star e São Luiz anunciaram a suspensão na última quarta-feira (3).
O Einstein já havia se pronunciado sobre o caso e afirmado que a atuação de Landecker está sob avaliação do Comitê Médico Executivo. Um processo administrativo foi aberto para analisar a prática médica e os fatos relacionados aos pacientes dele, segundo o hospital.
Nesta sexta-feira, foi informada a suspensão do médico até a conclusão do processo administrativo.
Os demais hospitais também fizeram investigação, mas descartaram falhas na esterilização dos equipamentos (levados pelos profissionais que usam o bloco cirúrgico). Assim, indicam que a contaminação pode ter ocorrido na clínica do cirurgião.
As denúncias foram feitas por um grupo de ao menos sete ex-pacientes de Landecker que reclamam de lesões no nariz e problemas de saúde (como perda de olfato, paladar e audição) provocados por infecção pós-rinoplastia estruturada.
Landecker negou ter cometido falhas nos procedimentos, disse que prestou a necessária assistência pós-cirúrgica e afirmou que não pode ser responsabilizado nos casos em que os pacientes não cumpriram o protocolo de cuidados recomendados.
Os ex-pacientes também denunciaram o médico ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina) e ao Ministério Público de São Paulo.
O médico Alan Landecker disse repudiar as acusações dos ex-pacientes, que classificou como levianas e falsas.
Ele é investigado por lesão corporal devido à contaminação dos pacientes com uma bactéria que literalmente come a cartilagem do nariz, abrindo buracos internos e causando danos que podem ser permanentes.
Procurado para comentar a suspensão no Einstein, o médico não se pronunciou .
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