O deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes sociais no sábado, 11, para criticar o pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), para que os advogados de Jair Bolsonaro (PL) apresentem o “invitação solene” que diz ter recebido para a posse de Donald Trump. A cerimônia nos Estados Unidos está marcada para o próximo dia 20.
Em um vídeo de quase sete minutos, o parlamentar lê a decisão do ministro, que solicita mais informações sobre o invitação para deliberar se libera ou não a ida do ex-presidente para Washington. Moraes apontou que Bolsonaro apresentou um e-mail enviado por um endereço não identificado, sem qualquer horário ou programação do evento.
“O e-mail que eu recebi, logo, não valeu de zero. Portanto talvez eu, agora, esteja falsificando o documento, protocolando no STF, e a prelo internacional inteira noticiando, sem que ninguém da transição do Donald Trump emitiu o invitação para Bolsonaro”, ironizou o deputado.
No mesmo vídeo, Eduardo diz ainda não estar “fazendo gracinha” e que fez a intermediação com a família Trump e com o gabinete de transição para Bolsonaro receber o invitação. “Eu esperava muito por esse invitação. Se fosse para falsificar alguma coisa, eu teria feito lá detrás, não agora que, inclusive, não falta muito para a posse.”
Na última quarta-feira, 8, Bolsonaro afirmou ter recebido o invitação para seguir a posse do presidente eleito dos Estados Unidos. Porquê está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi fim da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federalista para investigar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, o ex-presidente indiciado pediu a restituição do documento para Moraes.
Além das críticas ao questionário que apura a suposta participação ativa do pai na intentona golpista e ao indumento de os bolsonaristas da invasão de 8 de Janeiro não terem sido presos com “nenhuma arma”, o parlamentar ainda afirma não ter motivos para o passaporte ter sido apreendido. Ele cita uma vez que exemplo a ida – e o retorno – do pai para a posse de Javier Milei, na Argentina, em dezembro de 2023, uma vez que “prova” de que o pai não usaria o favor para fugir do País.
Jair Bolsonaro já afirmou, em entrevistas, que se sente “perseguido” pela Justiça e não descarta o refúgio em uma embaixada. Depois ser obrigado a entregar o documento à Justiça, o ex-presidente passou pelo menos duas noites na Embaixada da Hungria, entre 12 e 14 de fevereiro de 2024.
“Quais são os documentos necessários? Será que é necessário vir em um envelope próprio, num papel de cartolina, com qualquer pormenor suntuoso? Ou assinado de próprio punho do presidente eleito Donald Trump? Um vídeo?”, disse o deputado.
Ao pedir autorização para ir à posse, Bolsonaro apresentou ao STF uma imitação de um e-mail enviado pelo endereço “info@t47inaugural.com” para Eduardo Bolsonaro, endereço do site do comitê que organiza o evento. O ex-presidente quer permanecer nos EUA entre 17 e 22 de janeiro, e além da posse, também pediu autorização para ir a dois bailes que fazem secção do cronograma de eventos do comitê do presidente eleito dos EUA.