WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou o palco de uma conferência conservadora nos Estados Unidos nesta quinta-feira (20) para lutar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federalista), e pedir orações ao pai, Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo chamou de infundada a denúncia da PGR (Procuradoria-Universal da República) contra Bolsonaro, denunciado de ter tramado um golpe de Estado, e não descartou a prisão do ex-presidente.
A atuação no exterior, sobretudo nos Estados Unidos, faz secção da estratégia de Eduardo e de outros aliados de Bolsonaro para tentar livrar o ex-presidente da calabouço e pavimentar o caminho para a disputa em 2026 -algo que enfrenta muitos obstáculos.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro está em risco de ser recluso com as mesmas acusações falsas usadas contra líderes de oposição na Venezuela, Cuba e Nicarágua. Mas não para por aí. O sistema judicial se tornou um instrumento de perseguição em todos os níveis”, afirmou o parlamentar.
As afirmações foram feitas durante a Cpac (Conferência de Ação Política Conservadora), um dos principais eventos de direita, a uma plateia estrangeira. O vice-presidente JD Vance também discursou nesta quinta no encontro.
“Rezem pelo meu pai. Rezem pelos brasileiros que estão presos agora pelo 8 de janeiro. Estamos pedindo anistia no Congresso e esperamos receber muito esteio de vocês fora do Brasil, porque vocês sabem o que isso significa”, afirmou.
Nesta quinta, Eduardo iniciou o exposição alertando para o que chamou de risco do uso da Justiça contra decisões políticas. No EUA, cortes estão bloqueando decretos de Donald Trump que ferem a lei e aumentam o poder do Executivo.
“Eu venho do horizonte e sei exatamente porquê essa história pode terminar. Talvez não do horizonte, mas venho do Brasil, que não é tão dissemelhante”, disse.
“Meu país se tornou um laboratório para exprobação e autoritarismo judicial desde 2019, tem sido usado porquê campo de testes para a instrumentalização judicial contra conservadores, libertários e cristãos, sempre sob o superior pretexto de proteger a democracia, combater a desinformação e parar extremistas enquanto na verdade silencia dissidentes, controla narrativas e criminaliza a oposição”, afirmou.
Eduardo disse que Alexandre de Moraes é o responsável pelas ações que ele classifica porquê exprobação. “Deixe-me apresentar a vocês um varão chamado Alexandre de Moraes. Ele não é um solene eleito. Ele é um juiz da Suprema Golpe que se deu poder irrestrito para sentenciar quem pode falar, quem pode concorrer a cargos e até quem pode ir para a prisão sob sua supervisão”, afirmou.
“Juízes e burocratas, não o povo, decidem quem está capaz a concorrer a cargos”, comentou Eduardo, defendendo o ex-deputado Daniel Silveira, recluso e cassado depois de publicar vídeos atacando ministros do STF.
Bolsonaro lembrou que foi Moraes quem deu a ordem para bloqueio do X (ex-Twitter) no Brasil por se recusar a satisfazer ordens judiciais, estabelecendo um atrito com Elon Musk, possuinte da rede e um coligado de primeira hora de Trump.
Ainda afirmou, sem provas, que autoridades dos Estados Unidos forjaram junto a investigadores brasileiros documentos de imigração para proferir que Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro havia viajado aos EUA. Filipe também foi denunciado pela trama golpista e recluso no ano pretérito pela argumento de que poderia fugir do Brasil.
Por término, Eduardo disse que se o pai não puder concorrer à eleição no que vem, o Brasil poderá permanecer sujeito a poderoso influência chinesa. Também repetiu, sem provas, que organizações brasileiras teriam recebido moeda da Usaid (Sucursal dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) para influenciar as eleições de 2022. As entidades citadas por Eduardo dizem ser falsa a argumento.
Na quarta, Eduardo já havia tratado do caso do pai. “O que estamos sofrendo é a mesma coisa que aconteceu com Donald Trump cá nos Estados Unidos”, disse durante uma mesa redonda. “Os ventos estão mudando”, afirmou. Ele afirmou que o caso da Usai impacta “100%” o Brasil.
“Nossos inimigos não terão porquê nos exprobar. Eles não terão o financiamento de entidades que usam o seu moeda para ir detrás de nós”, avalia.
“Meu pai pode ir para a prisão, com certeza. Isso não está fora de cogitação. Mas pelo menos não por depravação.”
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