(FOLHAPRESS) – Eternizada no cinema pelos seus papéis em “Titanic”, “O Leitor”, que lhe rendeu um Oscar, e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, Kate Winslet retorna à televisão para sua terceira protagonista em uma série HBO.
Em “O Regime”, ela é a ditadora furiosa e hipocondríaca de um país fictício, capaz de cometer atrocidades para ser adorada.
Como detetive, que ela interpretou em “Mare of Easttown”, série que lhe rendeu seu segundo Emmy, paleontóloga lésbica no século 19, que ela vivenciou em “Ammonite”, fazendo par com Saoirse Ronan, ou ainda encarnando uma correspondente de guerra, na cinebiografia sobre Lee Miller que deve estrear mundialmente em setembro, é por papéis de mulheres complexas que Winslet se interessa.
Personagens que, para alguém que observou de perto as mudanças em Hollywood nas últimas duas décadas, finalmente encontram os holofotes nos dias de hoje.
“Antes, as personagens femininas eram a garota linda que vivia na vizinhança, com quem o cara tinha um caso. Até a forma como os homens se referem às mulheres nos filmes mudou. Estamos vivenciando as narrativas de forma muito diferente do que sempre foi, e temos histórias que queremos contar e ouvir”, diz a atriz, em conversa por vídeo.
A fama veio cedo com “Titanic”, quando ela tinha apenas 23 anos e, como afirmou em entrevistas recentes, precisou conviver com pressões constantes sobre seu comportamento enquanto mocinha de Hollywood. “Aprendi cedo que não há como forçar as pessoas a gostarem de você, é perda de tempo. Eu só tento ser uma pessoa decente”, rebate.
Winslet cita o MeToo como um divisor de águas para as mulheres na indústria cinematográfica. “A sociedade vem mudando. Agora as pessoas ouvem, e podemos contar nossas histórias. Podemos ser nós mesmas, e somos falhas também. Eu acho que é um momento muito interessante para ser atriz.
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