SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Pelo menos quatro crianças ficaram feridas após ataques atingirem os veículos em que elas estavam com suas famílias para fugir de Mariupol para Zaporizhzhia. Duas delas estão em estado crítico, segundo o chefe da administração regional, Oleksandr Starukh.
Em um comunicado pelo Telegram, ele explicou que o ataque foi na estrada entre as duas cidades. As idades e sexo das crianças, no entanto, não foram informadas.
“Esses vilões continuam lutando com as crianças. Mas teremos que responder por tudo. Para cada criança. Para cada vida”, afirmou em comunicado.
O primeiro veículo tinha três crianças que escaparam da cidade sitiada com sua família. Eles foram atingidos quando passavam pelo distrito de Polohivsky. Uma das crianças desse grupo ficou em estado grave.
A segunda criança gravemente ferida também viajava com a família. O carro deles foi incendiado na vila de Kamianske.
Segundo Oleksandr Starukh, mais de 20 ônibus estão tentando chegar aos corredores verdes hoje.
“Foi muito difícil cruzar a linha de contato por causa do bombardeio. Espero que possamos tirar as pessoas e devolvê-las às condições normais de vida”, afirmou.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse nesta segunda-feira (21) que o governo tem evidências de que a Rússia está levando milhares de crianças de Mariupol para o país vizinho.
“Temos evidências concretas de que eles levaram milhares de crianças de Mariupol para a Federação Russa. Isso é uma violação da lei internacional”, afirmou Kuleba, segundo a agência de notícias Interfax.
O ministro disse, ainda, que a situação em Mariupol não é uma tragédia apenas da Ucrânia, mas do mundo inteiro: “é um crime de guerra contínuo cometido pela Federação Russa”.
Uma reportagem do jornal britânico The Guardian, deste domingo (20), também mostrou que autoridades da cidade afirmam que milhares de pessoas, principalmente mulheres e crianças, estão sendo levadas à força por soldados à Rússia.
“Os ocupantes levaram ilegalmente pessoas do distrito de Livoberezhniy e do abrigo no prédio do clube esportivo, onde mais de mil pessoas (principalmente mulheres e crianças) estavam se escondendo do bombardeio constante”, disse o conselho da cidade.
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