O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aproveitou a cerimônia de vacinação da primeira criança no País contra a covid-19 para cobrar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação do uso pediátrico da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. “Espero que semana que vem possamos ter a deliberação da Anvisa”, disse o governador paulista.
A cobrança não veio sem antes o tucano fazer uma série de elogios à agência sanitária que, segundo ele, “vem realizando um extraordinário trabalho em defesa da ciência, da medicina e da vida”. Doria afirmou que o Butantan tem 15 milhões de doses da vacina prontas para iniciar a imunização das crianças. “Numa escala muito maior do que o volume de vacinas até o presente momento estão previstas pelo Programa Nacional de Imunização”, pontuou.
Segundo o governo, São Paulo recebeu do Ministério da Saúde 234 mil doses da vacina da Pfizer para começar a imunização das crianças.
Nesta sexta-feira (14), o menino indígena Davi, de 8 anos, da etnia Xavante, foi a primeira criança a ser vacinada contra a covid-19 no País. A aplicação para o público geral da faixa etária infantil autorizada, no entanto, só está prevista para começar na capital paulista na segunda-feira, 17.
Cronograma
Sobre o cronograma de vacinação, o secretário executivo da Saúde do Estado, Eduardo Ribeiro, afirmou que, entre os dias 14 de janeiro e 10 de fevereiro, devem ser vacinadas as crianças com comorbidades, deficiências, além de indígenas e quilombolas.
Na segunda semana de fevereiro, devem ser imunizadas crianças de 10 e 11 anos, e parcialmente crianças de 9 anos. As datas precisas, contudo, dependem do cronograma de entrega das doses pelo Ministério da Saúde.
O intervalo entre a aplicação das duas doses nas crianças é de 8 semanas, como definido pelo Ministério da Saúde.
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