O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a fazer críticas ao Ministério da Saúde e cobrou da pasta celeridade na entrega das vacinas de dose única da Janssen, produzidas pela Johnson & Johnson, ao Estado. Na semana passada, os Estados Unidos enviaram 3 milhões de doses do imunizante para implementar a vacinação no País. Segundo o governador, as 678 mil vacinas destinadas ao Estado ainda não foram entregues. “Por que o ministério da Saúde, em quatro dias, não libera as vacinas da Janssen?”, questionou.
Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou que o apelo à Saúde é em nome de todos os governadores do Brasil. “Estamos no dia 30 de junho e as vacinas ainda não foram distribuídas”, exigiu o chefe do Executivo estadual. Segundo ele, se o Ministério da Saúde não tem pressa com a entrega dos imunizantes, “nós temos”. “(A vacina) Deveria estar no braço, mas está estocada”, pontuou.
A coordenadora de controle de doenças da Secretaria do Estado de São Paulo, Regiane de Paula, seguiu o apelo de Doria e afirmou que o cronograma de vacinação do Estado tem por base as projeções feitas pelo Ministério da Saúde. “Por isso é importante que cheguem a todos os brasileiros”, afirmou. Segundo ela, o calendário se mantém, mas é preciso respeitar as entregas prometidas.
Nesta quarta-feira, o Estado iniciou a vacinação das pessoas entre 40 e 42 anos. No avanço da vacinação, Doria também comemorou que São Paulo totaliza 53% de pessoas acima de 18 anos que já receberam a primeira dose do imunizante contra a covid-19. Enquanto isso, 18% já completaram a segunda dose. Segundo dados da Secretaria Estadual, foram aplicadas mais de 25 milhões de vacinas. Doria classifica que a vacinação é resultado de “esforço, planejamento, estratégia e logística de aplicação”.
Na semana passada, o governador já criticava o Ministério da Saúde devido a problemas na entrega das vacinas, o que, segundo ele, foi o principal motivo para a paralisação da vacinação no Estado. “Infelizmente, nas últimas semanas, as previsões, praticamente todas elas, não foram atendidas. Além de não atendidas no prazo, foram reduzidas no número”, pontuou. “Desejamos que isso não mais aconteça e que possa haver a evolução do Programa Nacional de Imunização [PNI], não só em São Paulo, mas em todo o País”, disse o governador em sua última coletiva.
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