O dólar sobe em risco com a valorização externa frente moedas principais, uma vez que euro, libra e iene, e emergentes ligadas a commodities, em peculiar peso mexicano e dólar canadense. Neste dois últimos casos, o lucro supera o de seus principais pares, devido ao proclamação de tarifas de 25% sobre importações americanas do Canadá e México a partir de 1º de fevereiro. O governo canadense disse que o país está pronto para reagir à imposição dos EUA. O presidente Donald Trump também disse que os membros do Brics estavam tentando “dar a volta” nos Estados Unidos e que, se isso ocorrer, “não vão permanecer felizes”.

 

Em relação especificamente a tarifas comerciais contra a China, Trump lembrou que, em seu primeiro procuração, impôs “grandes tarifas” aos produtos do país, mormente no aço, o que ajudou a manter empresas de siderurgia funcionando nos EUA. Ele não deu mais detalhes sobre futuras tarifas contra país asiático, mas pontuou que tem reuniões e telefonemas agendados com o presidente Xi Jinping para tratar do tema.

Trump acrescentou ainda, que, por ora, os EUA ainda “não estão prontos” para implementar novas tarifas universais.

A Eurasia alerta para uma verosímil guerra mercantil e maior desconexão econômica global.

A agenda interna é enxuta e o mercado deve monitorar ainda as reuniões do presidente Lula com ministros, para tratar sobre a presidência da COP-30 (10h) e com o ministro da Quinta, Fernando Haddad, às 15 horas. Haddad disse a seus colegas do primeiro escalão na segunda-feira, 20, que as contas públicas estão sob controle e apresentou metas, incluindo isenção de IRPF a até R$ 5 milénio, durante a reunião ministerial.

No câmbio, o BC não deixou programado leilão inimaginável de dólares, somente fará a operação habitual de swap cambial, com início da rolagem do vencimento de março. A oferta será de até 15 milénio contratos (US$ 750 milhões), às 11h30. Na segunda, o BC vendeu US$ 2 bilhões via leilões de risco, que ajudou no consolação intradia, além da queda externa do dólar com a percepção de verosímil adoção gradual de tarifas às importações americanas. Será escoltado ainda o leilão de títulos pós-fixados do Tesouro (11h).

Na fraca agenda de indicadores diária, o mercado acompanha o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, além de balanços nos EUA, uma vez que o da Netflix.

Às 9h34 desta terça-feira, 21, o dólar à vista subia 0,12%, a R$ 6,0495, em seguida desabar ontem e reunir perdas de 2,23% em janeiro. O dólar porvir para fevereiro ganhava 0,41%, a R$ 6,0605.

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