O dólar sobe diante de o real na manhã desta quinta-feira, 21, em meio à espera do pregão do pacote de golpe de gastos. Há incerteza ainda sobre a data da divulgação e do montante do golpe e a possibilidade de a divulgação permanecer para a próxima semana potencializa a procura por proteção, além da cautela externa com a guerra entre Rússia e Ucrânia, afirma o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti.
Por outro lado, a queda dos rendimentos dos Treasuries e altas de petróleo e minério de ferro amenizam o ajuste dos ativos locais.
O ministro da Herdade, Fernando Haddad, disse que tem reunião hoje com o presidente Lula às 15 horas para tratar do pacote de medidas. A superfície técnica do Ministério da Resguardo fechou combinação com a equipe econômica para trinchar gastos na previdência dos militares.
O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, disse esperar que o pacote fiscal saia “rapidamente” e seja “invasivo” a ponto de mudar a trajetória de prolongamento da dívida pública brasileira em relação ao Resultado Interno Bruto (PIB). O banqueiro, porém, não arrisca um previsão. “Se a gente não fizer o obrigação de vivenda a ponto de mudar a trajetória do gasto público, pode ser um cenário de estresse e colocar mais pressão em cima da política monetária, que se torna passageira. Seria um cenário mais multíplice”, alerta.
Noronha mantém a expectativa ainda positiva quanto ao pacote fiscal, mas considera que se demorar mais e as medidas não forem adequadas, será “ruim” para o Brasil. “É ruim porque vai deteriorando as expectativas. Ou seja, o real desvaloriza, o que não é bom.”
O Banco Mediano considera não possuir riscos relevantes para a firmeza financeira do Brasil, de combinação com o Relatório de Firmeza Financeira (REF) do primeiro semestre, divulgado nesta quinta-feira. Segundo a autonomia, os parâmetros relevantes continuaram confortáveis em junho de 2024.
No exterior, o dólar volta a subir diante de pares rivais e algumas divisas emergentes, enquanto os juros dos Treasuries recuam (com paralela subida dos preços), à medida que a escalada das hostilidades na guerra da Ucrânia amplia a demanda pela segurança dos ativos americanos.
A Força Aérea ucraniana disse que o país foi claro de um míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia.
Aumentou ainda a precificação por manutenção dos juros do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano norte-americano) em dezembro, depois declarações de alguns de seus dirigentes ontem, e as atenções permanecem também na formação do gabinete de Donald Trump.
A lira turca reduziu perdas diante de o dólar, há pouco, depois o Banco Mediano da Turquia anunciar a manutenção da taxa básica de juros em 50%, diante de sinais de desinflação no país.
No radar ficam os dados de arrecadação federalista de outubro (10h30) e nos EUA, no mesmo horário, os pedidos de auxílio-desemprego, enquanto as vendas de moradias usadas em outubro saem às 12 horas.
Três dirigentes do Fed falam nesta quinta: Beth Hammack, de Cleveland, às 10h45 e às 14h30; Austan Golsbee, de Chicago às 14h25; e o vice-presidente de Supervisão, Michael Barr às 18h40.
Às 9h41, o dólar à vista subia 0,96%, a R$ 5,8232. O dólar para dezembro ganhava 0,78%, a R$ 5,8275.
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