SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em alta nesta terça-feira (1°), ainda sob expectativa com a próxima decisão de política monetária do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada na quarta (2).
Às 9h04 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,19%, a R$ 4,7380 na venda.
Na B3, às 9h04 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,32%, a R$ 4,7670.
Na segunda (31), a Bolsa brasileira teve alta de 1,46% e fechou aos 121.942 pontos, também apoiada pela expectativa do mercado quanto à próxima decisão sobre juros no Brasil, que será divulgada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) nesta quarta (2), e apoiada por ações da Petrobras e da Vale. Em julho, o Ibovespa acumulou ganho de 3,26%.
Já o dólar abriu em leve queda, mas terminou a sessão praticamente estável aos R$ 4,728 em meio à volatilidade das negociações no último dia útil do mês. Em comparação com o fim de junho, a moeda americana teve queda de 1,24% ante o real.
Em meio à redução da inflação e com a aprovação de reformas no Congresso, a expectativa do mercado é que o Copom inicie um ciclo de cortes da Selic (taxa básica de juros) na quarta.
“Ibovespa se valorizando com investidores de olho no corte da taxa de juros, com apostas entre 0,25 ponto percentual e 0,50 ponto”, afirmou Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
“Juros mais baixos ajudarão empresas com redução de custos e inadimplência, além de iniciar um ciclo novo e com expectativa de retomada da economia brasileira”, acrescentou.
Nos mercados futuros, as curvas de juros registraram queda. Os contratos para janeiro de 2024 iam de 12,62% para 12,58%, enquanto os para 2025 saíam de 10,64% para 10,60%, embalados pelas projeções sobre a Selic.
Com isso, o Ibovespa teve uma sessão positiva e chegou a ultrapassar os 122 mil pontos na máxima do dia.
O desempenho da Bolsa brasileira foi impulsionado principalmente pela Petrobras, que registrou altas de 4,30% em suas ações preferenciais e 4,95% nas ordinárias. A companhia divulgou na sexta sua nova política de dividendos, que foi bem recebida pelo mercado.
Apesar de as novas regras promoverem uma redução no valor a ser distribuído para acionistas, a avaliação é de que a política não traz grandes mudanças e aproxima a empresa de concorrentes internacionais.
Apoiaram a Bolsa, ainda, altas de Vale (2,35%), Banco do Brasil (1,88%) e Assaí (2,34%).
Além da decisão de política monetária, o retorno das atividades do Congresso também marcará a semana, com agentes financeiros de olho nas tramitações de pautas como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
No câmbio, o dólar também é pressionado pelas expectativas sobre juros no Brasil, mas o fechamento da taxa Ptax, no fim deste mês, trazia instabilidade às operações.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes teve alta de 0,27%.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários registraram leves altas, em meio a sinais de redução da inflação e de uma economia resiliente nos Estados Unidos, somados ainda às expectativas de que o Federal Reserve já tenha encerrado seu ciclo de aperto monetário.
O S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq subiram 0,15%, 0,28% e 0,21%, respectivamente.
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