O dólar perde força no mercado à vista, em seguida perfurar com viés de subida nesta quarta-feira, 15. O mercado precifica o recuo dos rendimentos dos Treasuries antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA de dezembro. A fraqueza do setor de serviços no Brasil maior que a esperada também ajuda no conforto.

 

O volume de serviços prestados caiu 0,9% em novembro diante de outubro, além da mediana de -0,5% das projeções, que iam de -1,6% a subida de 0,9%. Sinais de fraqueza da economia tiram pressão do Banco Médio em relação ao tamanho do ciclo de aperto monetário

O real estende a recuperação dos últimos dois dias frente o dólar, na esteira ainda da subida das commodities e queda externa da mote americana diante de alguns pares principais, uma vez que iene, libra, e moedas emergentes, uma vez que peso mexicano e rand sul africano. No mês até esta terça, 14, o dólar à vista acumulava queda de mais de 2%.

Para o CPI dos EUA, que será divulgado às 10h30, a expectativa é de subida mensal de 0,3% e anual de 2,9%, supra dos 2,7% de novembro. Surpresas aquém do esperado no CPI podem fortalecer a queda do dólar, juros dos Treasuries e subida das bolsas, enquanto dados supra do esperado podem gerar estresse.

Balanços corporativos e políticas expansionistas sob o governo Donald Trump, que toma posse na próxima segunda-feira, também estão no radar. Discursos de quatro dirigentes do Fed ao longo do dia também serão monitorados. Até cá, os analistas preveem pelo menos mais uma redução suplementar de 25 pontos-base nos juros neste ano – atualmente na tira de 4,25% a 4,50%, mas sem descartar interrupção no ciclo.

Às 9h26, o dólar à vista caía 0,11%, a R$ 6,0398. O dólar para fevereiro recuava 0,41%, a R$ 6,0560.

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