O mercado de câmbio passa por uma realização de lucros na manhã desta quinta-feira, 18, induzida pelo alívio nos títulos do Tesouro americano, após o dólar à vista ter acumulado ganho de 1,49% nas últimas três sessões da semana. Sem indicadores na agenda interna, o mercado aguarda a reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar sobre a Medida Provisória (MP) da reoneração da folha.
Em Brasília, a temperatura indica que o chefe da pasta terá de ceder sobre a MP, mesmo que parcialmente. Alongar o tempo de transição para acabar a desoneração nos moldes atuais é uma das opções. Na quarta, 17, o Tribunal de Contas da União (TCU) endossou os alertas sobre a possibilidade de o orçamento de 2024 conter receita “superestimada”, o que colocaria em risco a meta de déficit zero.
Os investidores ainda têm dúvidas sobre a trajetória dos juros na Europa e nos EUA e aguardam novos indicadores e discursos de dirigentes do Fed e BCE para recalibrar as expectativas.
O Banco Central Europeu (BCE) divulga na manhã desta quinta ata de sua última reunião de política monetária e a presidente da instituição, Christine Lagarde, participa de painel em Davos, na Suíça (12h15), que podem influenciar a trajetória do euro e dos títulos europeus ao longo do dia. Na ultima reunião em dezembro, o BCE deixou suas principais taxas de juros inalteradas pela segunda vez consecutiva. Na quarta, Lagarde disse que o primeiro corte de juros provavelmente virá durante o verão europeu, mas ressaltou que ainda não é possível declarar vitória na batalha contra a inflação.
Nos EUA, serão publicados dados semanais de auxílio-desemprego (10h30) e permissão para novas obras nos Estados Unidos (10h30). E o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, participa de dois eventos( 9h30 e 13h30).
No Japão, o primeiro-ministro, Fumio Kishida, anunciou nesta quinta que está considerando dissolver parte do seu partido, na esteira de notícias sobre a abertura de uma investigação de um escândalo envolvendo uso indevido de fundos de campanha, informaram veículos da mídia japonesa.
No campo corporativo, a Fitch Ratings afirmou o rating nacional de longo prazo ‘A(bra)’ para a 3R Petroleum e para sua segunda emissão de debêntures, “limitado por sua pequena escala no volátil mercado de petróleo e gás”. A perspectiva é estável, considerando que a petrolífera deve manter um perfil financeiro conservador, com alavancagem líquida em torno de 2,0 vezes em 2024 e abaixo disso a partir de 2025.
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