SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (15) com queda de 0,36%, a R$ 6,024, depois a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na {sigla} em inglês) de 2024, que veio levemente supra das expectativas, mas apresentou melhora nos núcleos, que excluem do conta preços de provisões e virilidade.
Oriente é o menor valor registrado pela moeda norte-americana desde 12 dezembro do ano pretérito, quando fechou cotada a R$ 6,011.
No início da sessão, o dólar ficou rondando a segurança, com investidores à espera dos dados de inflação dos EUA. Logo depois a divulgação, desceu a R$ 6,010 na mínima do dia e voltou a operar fixo na maior segmento da tarde.
Já a Bolsa subia 2,51%, aos 122.300 pontos, às 17h07.
O Departamento do Trabalho americano divulgou nesta quarta que os preços ao consumidor dos Estados Unidos aumentaram 0,4% no mês pretérito. Já no reunido de 12 meses até dezembro, o índice avançou e fechou 2024 a 2,9%. O resultado fica supra da meta de 2% estabelecida pelo Fed (Federalista Reserve, o banco meão dos EUA).
A subida teve uma ligeiro aceleração na confrontação com novembro, quando registrou progresso de 0,3% no mês e de 2,7% no reunido de 12 meses.
Economistas consultados pela Reuters previram progresso de 0,3% na confrontação mensal e de 2,9% na base anual de dezembro.
No entanto, excluindo os componentes voláteis de provisões e virilidade, o índice teve subida de 0,2% em dezembro, depois um lucro de 0,3% no mês anterior. O chamado núcleo do CPI havia aumentado 0,3% por quatro meses consecutivos. Nos 12 meses até dezembro, o núcleo aumentou 3,2%, depois de ter subido 3,3% em novembro.
Os números foram bem-recebidos pelo mercado, que viu chances maiores de o Fed trinchar juros mais vezes em 2025. Isso pesou sobre os rendimentos dos Treasuries e, em paralelo, sobre as cotações do dólar.
Com isso, operadores passaram a apostar em um atraso monetário maior a ser realizado pelo Fed neste ano.
As apostas de reduções dos juros em 2025 saltaram para 37 pontos-base -antes da divulgação dos dados, era de 31 pontos-base. Ainda se espera que os juros fiquem inalterados na reunião de janeiro.
Juros mais baixos nos EUA tornam os treasuries, os títulos do tesouro americano -considerados os mais seguros do mundo- menos atrativos. Isso incentiva investidores a buscar mercados emergentes, porquê o Brasil, que oferecem maior rentabilidade, o que faz a Bolsa por cá se valorizar.
Ou por outra, juros mais baixos por lá também tornam o dólar menos atrativo, levando à sua desvalorização frente ao real. Em outras palavras, fica mais barato comprar dólar no Brasil.
Para André Valério, economista sênior do Inter, haverá uma pausa nos cortes de juros na reunião de janeiro, em razão de um mercado de trabalho “ainda robusto”.
“Não há urgência para o Fed trinchar a taxa de juros em ritmo intenso e devemos observar uma pausa no ciclo de cortes na reunião de janeiro”, afirma Valério. “Acreditamos que o cenário ainda é propício para mais dois cortes, que devem ocorrer nas reuniões de março e junho, condicionado a uma política tarifária mais gradual do governo Trump.”
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Novidade Futura Investimentos, afirma que o resultado do CPI (índice de preços ao consumidor) sugere uma melhora de pequeno prazo na inflação, principalmente quando combinado com o PPI (índice de preços ao produtor).
“Será sustentável? Dependerá das políticas que Trump adotar e de seus efeitos ao longo do tempo. Mas, por ora, alivia a pressão em cima do Fed”, afirma.
Nesta terça-feira (14), o Departamento do Trabalho americano havia divulgado dados sobre o PPI, o índice de preços ao produtor dos EUA, que vieram aquém do esperado. O PPI foi de 0,4% no mês de novembro para 0,2% em dezembro.
No período de 12 meses até dezembro, o índice PPI acelerou para 3,3%, depois um aumento de 3,0% em novembro. A aceleração na taxa anual refletiu os preços mais baixos do ano pretérito, principalmente dos produtos de virilidade, que saíram do conta.
“Os dados de inflação aquém do esperado mostram que o Fed pode diminuir os juros, fazendo com que o dólar não se valorize tanto. Esse cenário também contribui para a queda dos juros futuros hoje”, afirma Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e sócio da Eu me banco.
Os números ficaram aquém do esperado por economistas, o que levou o dólar a desabar 0,85%, a R$ 6,045. Já a Bolsa fechou com subida de 0,24%, aos 119.298 pontos, com o esteio das ações da Vale e do banco Bradesco.
Os agentes financeiros também monitoraram dados domésticos sobre serviços e as contas do governo meão nesta quarta.
O IBGE (Instituto Brasílico de Geografia e Estatística) divulgou pela manhã que o setor de serviços brasílio apresentou retração mais potente do que o esperado em novembro depois de ter atingido o pico da série histórica em outubro.
O volume de serviços teve em novembro queda de 0,9% em relação ao mês anterior, em resultado pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,3%.
Em confrontação com novembro de 2023, a subida foi de 2,9% -as projeções apontavam 3,4%.
Já o volume do setor acumula prolongamento de 3,2% entre janeiro e novembro.
Os dados de serviço mostram o quão aquecido está a economia. Uma economia menos aquecida, porquê mostraram os números, traz um visível consolação, pois mostra que há menos pressões inflacionárias. Com isso, espera-se que o banco meão adote uma postura mais maleável na política monetária.
“O setor de serviços continua potente e desacelera de forma lenta. Para o horizonte, esperamos que esse cenário se mantenha ao longo do ano, apesar da recente deterioração do quadro inflacionário e da consequente premência da elevação da taxa de juros”, avaliou Igor Cadilhac, economista do PicPay.
Outro oferecido que esteve no radar dos investidores foi o do déficit primitivo do governo meão em novembro do ano pretérito, que atingiu R$ 4,51 bilhões. Em novembro de 2023, o déficit foi de R$ 38,07 bilhões.
Embora negativo, trata-se do melhor resultado para o mês desde 2021, quando houve um saldo positivo de R$ 4,9 bilhões, em valores já atualizados pela inflação.
A melhora foi impulsionada por ganhos com concessões e dividendos, segundos dados do Tesouro Pátrio divulgados durante a tarde.
O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Meão e Previdência Social, foi melhor que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters que apontava para um déficit de R$ 6,6 bilhões no mês.
No reunido do ano até novembro, o governo meão registrou um déficit primitivo de R$ 66,82 bilhões. No mesmo período em 2023, foi registrado um déficit de R$ 112,46 bilhões.
A meta de resultado primitivo para 2024 é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (Resultado Interno Bruto), o que corresponde a respeito de R$ 29 bilhões.