SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar passou a desabar e era cotado aquém dos R$ 5,90 nesta terça-feira (28), com os investidores à espera do início das reuniões de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC no Brasil e também do Fed (Federalista Reserve, o BC dos EUA) para definir a novidade taxa de juros nos dois países.
Aliás, os analistas avaliavam as novas críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil e os efeitos da queda global de ações de tecnologia depois o surgimento de um padrão chinês de lucidez sintético de ordinário dispêndio.
Às 14h54, a moeda norte-americana estava em uma oscilação para ordinário de 0,66%, cotada a R$ 5,872. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,856. Já a Bolsa caía 0,49%, aos 124.245 pontos.
Na segunda-feira, o dólar encerrou com queda de 0,08%, cotado a R$ 5,912. Já a Bolsa terminou com subida de quase 2%, supra dos 124 milénio pontos pela primeira vez no ano. É a maior pontuação da Bolsa desde 17 de dezembro, quando fechou aos 124.698 pontos.
Os analistas aguardam a ‘superquarta’, quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciarão a novidade taxa de juros. O BCE (Banco Mediano Europeu) divulga a sua decisão na quinta-feira (30). A perspectiva é dissemelhante em cada um dos mercados.
Nos EUA, os analistas preveem que o banco médio americano manterá a taxa de juros inalterada, entre 4,25% e 4,5%, depois terem reduzido os juros em 1 ponto percentual amontoado nos últimos três encontros.
Os europeus esperam uma queda de 0,25 ponto percentual, segundo as apostas de operadores, em meio a possante desaceleração da economia da zona do euro.
No Brasil, o próprio BC já indicou que deve subir a Selic em um ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.
O Copom iniciou a reunião para definir a novidade taxa de juros nesta terça. É a primeira reunião sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo.
“Esperamos que o transmitido do Copom reconheça a deterioração suplementar observada das expectativas de inflação e possivelmente também a deterioração da inflação de serviços, mas também sinais emergentes de atividade real mais moderada”, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório.
Analistas consultados pelo Banco Mediano esperam que o IPCA (Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Extenso) termine o ano em 5,50%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (27).
O núcleo da meta solene para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O boletim também indicou um aumento na previsão da taxa básica de juros no próximo ano para 12,5%, contra 12,25% da semana passada. A Selic ainda subiu para 2027 (de 10,25% para 10,38%), mas ficou sólido em 2025 (15%) e 2028 (10%).
O mercado também repercute dados sobre a arrecadação federalista divulgados nesta terça, que teve subida real de 9,62% em 2024, na verificação com 2023, somando R$ 2,653 trilhões. É o melhor resultado anual já registrado na série histórica do governo, iniciada em 1995.
Com a agenda doméstica esvaziada, o que tem movido os mercados neste período são as notícias externas.
Durante um exposição a correligionários na Flórida, nesta segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repetiu que Brasil está em grupo de países que cobram muita tarifa e querem mal aos EUA.
“Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal”, disse. “A China é um grande instituidor de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Logo, não vamos deixar isso ocorrer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar.”
Trump afirmou ainda que “tarifa” está entre as quatro palavras das quais hoje ele mais gosta.
Diante das falas, os investidores exibem cautela enquanto aguardam mais medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Depois um impasse entre o país e a Colômbia sobre a deportação de migrantes sem documentação quase conduzir ambos para um guerra mercantil, os mercados também voltaram a temer a imposição de tarifas globais pelo novo governo dos EUA.
O país sul-americano inicialmente se recusou a receber voos com imigrantes deportados.
O presidente dos EUA reagiu e ameaçou colocar uma tarifa alfandegária de 25% em cima dos produtos colombianos. Mais tarde, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recuou e aceitou receber os aviões, levando Trump recuar na promessa de sanção.
O dia ainda é marcado pelos desdobramentos do efeito DeepSeek.
Na véspera, a subida de um padrão de IA de ordinário dispêndio, lançado pela startup chinesa DeepSeek, provocou uma enorme liquidação de ações de tecnologia e de ativos de maior risco no mundo, com investidores ponderando sobre a suposta dominância das empresas ocidentais no setor.
O aplicativo da DeepSeek saltou para o primeiro lugar na lista de downloads das lojas da Apple dos Estados Unidos e também da China.
A notícia levou à procura por ativos seguros, uma vez que moedas fortes e títulos governamentais, gerando perdas em divisas emergentes.
O real escapou do movimento de fuga de risco em meio a um processo de correção de preços depois a possante desvalorização no termo do ano pretérito.
A utensílio chinesa usa chips de menor dispêndio e menos dados. A última versão do programa da DeepSeek foi treinada por US$ 6 milhões (muro de R$ 35,6 milhões) e utilizou 2.000 chips da Nvidia, contra US$ 100 milhões do padrão da OpenAI (muro de R$ 589 bilhões), que precisou de 16 milénio chips.
O montante usado pela IA chinesa desafia a teoria preponderante de que exclusivamente as maiores empresas da indústria de tecnologia -todas baseadas nos Estados Unidos- poderiam gerar os sistemas de IA mais avançados.
“O sucesso da DeepSeek é um alerta e um ponto de interrogação sobre quanto precisa ser gasto para edificar um padrão e se o nível de investimento que temos visto é realmente necessário”, disse Ben Barringer, exegeta de tecnologia da Guilter Cheviot.
A Bolsa brasileira foi na contramão da queda expressiva no mercado acionário em Novidade York, encerrando o pregão de segunda com subida de 1,97%, aos 124.861 pontos. Isso porque o Ibovespa tem poucas ações de empresas de tecnologia, não acompanhando as bolsas norte-americanas.
As ações da WEG chegaram a desabar mais de 8% e encerraram o pregão com queda de 7,87%, a R$ 53,31. Foi o pior desempenho da Bolsa na sessão do dia, depois seis altas seguidas, período em acumulou uma valorização de quase 8%.
O movimento ocorre porque a IA chinesa demanda menos computadores e data centers potentes. Com isso, empresas que vendem equipamentos ligados à eletricidade, uma vez que a Weg, tendem a ser penalizadas com o impulso dessa tecnologia.
A equipe de research do Citi, liderada por Andre Mazini, classificou a reação do mercado sobre a empresa de equipamentos eletroeletrônicos uma vez que exagerada, avaliando que a grande redução de dispêndio ainda precisa ser comprovada e que a Weg interage com IA por meio de data centers e não de chips de cume desempenho.
Nesta terça, as ações da WEG subiam 1,31%, a R$ 54,01, às 14h54, mas sem volver as perdas da véspera.
Já as ações europeias fecharam a sessão desta terça-feira em um pico recorde. No entanto, ações relacionadas à IA, uma vez que a ASM International e a Schneider Electric recuaram ainda mais, com queda de 3,7% e 7,5%, respectivamente.