Os juros futuros ampliaram a queda na esteira do dólar, que renovou mínimas reagindo ao enfraquecimento dos juros dos Treasuries. O T-Note de 2 anos acelerou a baixa e a taxa da T-Note 10 anos passou a cair após os dados fracos de emprego da ADP.
Nos EUA, o relatório ADP apontou que o setor privado criou 99 mil empregos em agosto, bem abaixo da projeção dos analistas (141 mil). A geração de empregos do setor privado em julho foi revisada, de 122 mil a 111 mil.
Investidores aguardam ainda uma série de indicadores de emprego e atividade dos EUA. Também devem orientar os negócios os leilões de LTN e NTN-F em meio à espera dos números do Governo Central, balança comercial de agosto e palestra com o diretor de Política Econômica do Bando Central, Diogo Guillen.
O resultado do Governo Central está no foco dos investidores diante das preocupações com a deterioração das contas públicas. A mediana apontada pela pesquisa do Projeções Broadcast é de um primário negativo em R$ 7,135 bilhões.
Para a balança comercial, a mediana das estimativas do mercado indica superávit comercial de US$ 6,0 bilhões em agosto, após saldo positivo de US$ 7,640 bilhões em julho. As projeções variam de US$ 4,60 bilhões a US$ 6,70 bilhões. Se confirmada a mediana, o superávit da balança em agosto será cerca de 38% menor do que o saldo de igual mês de 2023, de US$ 9,632 bilhões. A queda do volume das exportações deve contribuir para a moderação do saldo comercial em agosto, na comparação com o mesmo período de 2023.
Na agenda americana, estão previstos o relatório sobre criação de empregos no setor privado de agosto, os pedidos semanais de auxílio-desemprego e custo unitário da mão de obra no segundo trimestre (9h30), e os PMIs de serviços da S&PGlobal (10h45) e ISM (11h).
Os investidores reduzem posições cambiais defensivas em manhã de recuperação e alta do petróleo de cerca de 1% mais cedo. Mas o minério de ferro fechou em baixa de 2,58% na China, cotado a 678,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 95,39, o menor valor do ano até o momento. É o quarto dia consecutivo em que a commodity encerra o pregão em forte queda. Operadores afirmam que a expectativa de corte de juros nos EUA e de alta da taxa Selic no curto prazo estimula vendas de dólar, num movimento antecipado a uma potencial atração de investidores estrangeiros para o Brasil.
Às 9h20, o dólar à vista caía a R$ 5,6204. O dólar para outubro perdia 0,42%, a R$ 5,6355.
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