Dois casos do vírus mortal Marburg, que é altamente contagioso, foram confirmados em Gana pelos serviços de saúde do país.
As autoridades confirmaram as infecções depois do laboratório devolver os resultados positivos de dois homens, de 26 e 51 anos, que morreram no mês passado.
Todos os contatos das vítimas estão isolados e até agora nenhum desenvolveu sintomas.
Sobre a doença, sabe-se que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que tem uma taxa média de mortalidade de 50% entre humanos. É uma doença grave, muitas vezes fatal, com sintomas que incluem dor de cabeça, febre, dores musculares, vómitos com sangue e hemorragias em diferentes zonas.
É transmitido por morcegos frugívoros e espalha-se entre humanos através de fluidos corporais e contato com roupa de cama e vestuário.
Este é o segundo surto recente de Marburg na África Ocidental. O primeiro caso na região foi detectado no ano passado, na Guiné, e não foram identificados mais entretanto. No total existiram 12 surtos desde 1967, quando o vírus foi descoberto na Alemanha e sete pessoas morreram.
Em outras partes do continente, surtos anteriores e casos esporádicos foram relatados em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e Uganda. O surto mais mortal foi em 2005 em Angola quando morreram mais de 200 pessoas.
Segundo o chefe da OMS em África, Matshidiso Moeti, citado pela SkyNews, “as autoridades de saúde (ganenses) responderam rapidamente, começando a preparar-se para um possível surto”. Moeti acrescenta ainda que “sem ação imediata e decisiva, o Marburg pode facilmente sair do controle”.
O vírus Marburg começa subitamente com sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa e dores musculares.
A OMS diz que “diarreia aquosa grave, dor abdominal e cólicas, náuseas e vómitos podem começar no terceiro dia”, seguido por “manifestações hemorrágicas graves” entre o quinto e o sétimo dia, podem incluir sangramento do nariz, gengivas e vagina.
A morte ocorre com mais frequência no oitavo ou nono dia após os sintomas e perda severa de sangue.
Existem medicamentos e terapias imunológicas para tratar Marburg que estão sendo desenvolvidos, mas ainda não existe uma vacina, embora a reidratação precoce e o tratamento dos sintomas possam melhorar as probabilidades de sobrevivência.
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