Vários documentos agora divulgados pelos serviços secretos britânicos (MI5) mostram detalhes de uma vez que um espião atuava dentro de Buckingham e a morosidade – de quase nove anos – na chegada da informação à Rainha Elizabeth II.
Um dos principais envolvidos nesses documentos é Anthony Blunt, um historiador que foi, por décadas, responsável pela supervisão da coleção de arte da Vivenda Real Britânica.
De consonância com a prensa britânica, que teve chegada aos arquivos, Blunt admitiu em 1964 que estava espionando para os soviéticos desde os anos 30. No entanto, esses documentos indicam que a Rainha Elizabeth II não soube da confissão de Blunt na idade. Ela só ficou consciente do vestuário depois ele ser interrogado diversas vezes. Na verdade, a rei só soube que Blunt era um espião depois sua morte, e, de consonância com relatos, sua reação foi “muito pacífica e sem surpresa”.
Miranda Carter, autora da biografia de Blunt, acredita que, embora a Rainha tenha reagido com tranquilidade, ela provavelmente teria sido informada informalmente sobre o caso.
O MI5 também revelou que a decisão de informar a Rainha aconteceu em um momento em que jornalistas já estavam investigando a história. As suspeitas sobre Blunt começaram na dezena de 1950, quando outros dois espiões, Guy Burgess, seu companheiro, e Donald Maclean, fugiram para a União Soviética.
Blunt foi interrogado pelo MI5 onze vezes, mas inicialmente negou ser um espião até que Michael Straight, um norte-americano, informou ao FBI que havia sido recrutado por Blunt. Os serviços secretos britânicos apontam que Blunt escolheu permanecer em vez de fugir com seus amigos e, quando finalmente confessou, estava visivelmente desconfortável. Durante o interrogatório, Blunt fez várias pausas e parecia “debater consigo mesmo sobre uma vez que deveria responder”.
A história de Blunt só foi exposta publicamente em 1979 pela logo primeira-ministra Margaret Thatcher. O historiador faleceu em 1983, aos 75 anos.
Veja os documentos na galeria supra.
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