O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 2,75% em fevereiro e fechou o mês em R$ 5,198 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo Tesouro Nacional. No fim de janeiro, o estoque estava em R$ 5,059 trilhões.
O crescimento do estoque da dívida federal ocorreu sobretudo devido à emissão líquida de R$ 104,87 bilhões. Também houve apropriação de juros, no valor de R$ 24,3 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,68% em fevereiro e fechou o mês em R$ 4,950 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 4,22% maior no mês, somando R$ 247,93 bilhões ao fim de janeiro.
Composição
A parcela de títulos prefixados na DPF subiu em fevereiro, para 34,36%. Em janeiro, estava em 33,75%. Já os papéis atrelados à Selic reduziram a fatia, de 35,30% para 34,82%.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 25,78% do estoque da DPF em fevereiro, ante 25,98% em janeiro. Os papéis cambiais tiveram aumento na participação na DPF de 4,98% para 5,05% na passagem do mês.
Os títulos prefixados e os atrelados à Selic estão fora das metas do Plano Anual de Financiamento para o fim deste ano, mas o movimento mostra direção no sentido de convergir a esses objetivos.
O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos atrelados à taxa básica de juros em 2021 vai de 28% a 32%.
Para os prefixados, o intervalo é de 38% a 42%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 24% a 28% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
Estrangeiros
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública subiu em fevereiro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de 9,27% em janeiro para 9,43% no mês passado. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 467,02 bilhões em fevereiro, ante R$ 446,94 bilhões no mês anterior.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 30,22% em fevereiro, ante 29,75% de janeiro. A parcela dos fundos de investimento passou de 25,64% para 25,14% no período.
Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,83% para 22,68% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 3,68% para 3,68% na mesma comparação.
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