SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Social de São Paulo afastou o diretor de um presídio onde foram encontrados 23 celulares, 14 carregadores, 26 fones de ouvido, 11 smartwatches, R$ 21.672,15, notebook, droga, além de dólares e euros durante uma operação nesta terça (4).
O objetivo dos trabalhos era apreender esses aparelhos, por meio dos quais dois policiais civis presos preventivamente mantinham contato com pessoas do lado de fora. Esses agentes foram citados em denúncias de Antônio Vinicius Gritzbach, 38, delator do PCC assassinado em 8 de novembro de 2024, no aeroporto de Guarulhos.
Segundo o Ministério Público, os agentes encarcerados, com a ajuda de dois familiares, agiram para atrapalhar a investigação de organização criminosa, pressionando um dos corréus em ação penal a omitir informações em seu prova.
“Presos desde setembro do ano pretérito, os dois policias foram denunciados por integrarem e liderarem organização criminosa armada e destinada à prática de crimes contra a gestão pública, usura, tráfico de drogas e lavagem de moeda”, afirma a Promotoria.
A Corregedoria da Polícia Social também abriu três inquéritos para investigar a participação de funcionários no esquema. Dentre eles o diretor. A corporação diz que “não compactua com desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos da instituição”.