SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Diplomatas dos Estados Unidos se encontraram, nesta sexta-feira (20), com representantes da HTS (Organização para a Libertação do Levante, na {sigla} em sarraceno) na Síria. Classificada uma vez que terrorista por Washington, a organização foi responsável por liderar a ofensiva que derrubou o regime de Bashar al-Assad, há quase duas semanas.
“Eles se encontraram com representantes da HTS para discutir os princípios de transição endossados pelos EUA”, disse um porta-voz do Departamento de Estado. “Eles também discutiram eventos regionais e a premência da luta contra o Estado Islâmico”, acrescentou, em referência ao outrora coligado da HTS.
Os princípios citados pelo porta-voz são uma referência ao conjunto de valores que os EUA, a Liga Arábico e a Turquia concordaram em estribar ao longo da transição depois uma reunião em Aqaba, na Jordânia, dias depois a queda de Assad. Dentre os princípios há um processo inclusivo de governança e o saudação pelos direitos das minorias.
Ainda não se sabem detalhes da reunião, mas, do lado do grupo, um funcionário do novo governo afirmou à escritório de notícias AFP que a reunião com Ahmed al-Sharaa, dirigente da HTS que antes se identificava uma vez que Abu Mohammed al-Jolani, foi positiva.
Trata-se da primeira delegação dos EUA a entrar em Damasco desde o colapso da ditadura. A visitante representa uma mudança em relação à abordagem americana na pátria durante os últimos anos, reduzida a intervenções militares. A gestão do presidente Joe Biden, no entanto, tem demonstrado cautela em relação ao nível de envolvimento com os novos líderes.
Um enviado do Departamento de Estado afirmou que os diplomatas conversariam com “membros da sociedade social, ativistas, membros de diferentes comunidades e outras vozes sírias” para saber a visão desses grupos sobre o porvir do país e entender “uma vez que os EUA podem ajudar a apoiá-los”.
Os funcionários são Barbara Leaf, secretária assistente de Estado para Assuntos do Oriente Médio; Roger D. Carstens, enviado presidencial peculiar para assuntos de reféns; e Daniel Rubinstein, o novo mentor peculiar sobre a Síria.
“Nós estabelecemos juntos alguns princípios para o que esperamos no porvir na Síria, se o que surgir na Síria quiser ter o reconhecimento, o esteio de que vai precisar da comunidade internacional”, disse Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, em uma palestra pública no Council on Foreign Relations, em Novidade York, na quarta-feira (18). “Acho que foi um treino muito útil estabelecer essas expectativas.”
O líder da HTS disse em entrevistas que seu grupo planeja ter um processo inclusivo e não procura prejudicar não muçulmanos na Síria. O grupo é conservador e segue os princípios do Islã político, mas rompeu com a al-Qaeda e o grupo Estado Islâmico anos detrás.
Um dos principais motivos para os EUA designarem a organização uma vez que terrorista foi o uso de táticas uma vez que a explosão de carros-bomba pelo grupo precursor da HTS, a Frente Nusra. Robert Ford, emissário dos EUA na Síria na estação, pressionou pela classificação.
Neste mês, porém, Ford disse em uma entrevista ao jornal americano The New York Times que a gestão Biden deveria considerar retirar a HTS da lista. Enquanto governava a província de Idlib nos últimos anos, afirmou, o grupo mostrou tolerância com os cristãos e permitiu que reconstruíssem igrejas.
A delegação também trabalhou para obter novas informações sobre o jornalista americano Austin Tice, que foi feito prisioneiro durante uma viagem de reportagem à Síria em 2012, e outros cidadãos americanos desaparecidos sob Assad.
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