SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dinheiro ainda é a principal forma de pagamento usada para pagar as compras, mesmo entre as pessoas que utilizam o Pix. A conclusão é de um levantamento do Instituto Locomotiva divulgado nesta sexta-feira (4).
Quase 45% usam dinheiro, enquanto 35% recorrem ao cartão de débito e 11% usam o Pix, segundo a pesquisa telefônica com 1.500 brasileiros em 72 cidades.
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, diz que o Pix está mais presente no cotidiano dos brasileiros mas ainda não foi capaz de acabar com a soberania que o dinheiro vivo tem na preferência da população.
Ele afirma que na baixa renda e para o trabalhador autônomo, o Pix é mais usado para receber dinheiro.
“É aquele cara que está vendendo sorvete ou a empregada doméstica que recebe em Pix. Isso facilitou bastante a vida dos patrões, de quem paga essas pessoas. Mas na hora de usar, ele prefere usar o dinheiro vivo”, afirma Meirelles.
A preferência acontece porque o pagamento em dinheiro vivo favorece a obtenção de desconto.
“Quando ele paga uma compra com dinheiro vivo em vez de pagar com cartão, muitas vezes, ele consegue, pelo menos, 5% de desconto. Que aplicação financeira dá mais do que isso? Não é estranho dizer que pagar em dinheiro vivo é uma aplicação financeira disponível para a maior parcela da população de baixa renda”, afirma.
Meirelles diz que ainda existe em grande parte da população o receio de que a transferência pelo Pix não chegue ao destinatário.
“Esses medos relacionados ao uso do Pix ainda alimentam. O que vai fazer com que cresça não só a utilização do Pix, mas o uso dele para sacar dinheiro, é a nova modalidade do saque Pix, que permite ao varejista conveniado funcionar como um caixa eletrônico, em que o consumidor transfere o dinheiro pelo Pix para o estabelecimento e saca em dinheiro vivo”, afirma o presidente do Locomotiva.
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