O deputado democrata Al Green, de 77 anos, foi retirado da Câmara dos Representantes na noite desta terça-feira (5) após interromper o primeiro discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante do Congresso.

 

Green, que atua como parlamentar há duas décadas, interrompeu o pronunciamento nos minutos iniciais ao acusar Trump de mentir. Durante o protesto, o deputado ergueu sua bengala em direção ao chefe de Estado, gerando reações mistas entre os congressistas. Enquanto alguns aplaudiram, outros vaiaram, instaurando um clima de caos no plenário.

Diante da confusão, o presidente da Câmara, Mike Johnson, interveio para restaurar a ordem, lembrando as regras da casa: “Os membros devem manter o decoro e cessar qualquer perturbação”. Como Green se recusou a sentar e permitir que Trump continuasse seu discurso, Johnson ordenou sua retirada.

Enquanto era escoltado para fora, parlamentares republicanos zombaram do deputado gritando “Adeus!”. Do lado de fora, Green conversou com a imprensa e justificou sua atitude à emissora NBC News: “Uma pessoa de consciência sabe que Trump fez coisas que não podemos permitir que continuem”.

Já fora da Câmara dos Representantes, Green disse ao canal de televisão norte-americano NBC News que “uma pessoa de consciência sabe que Trump fez coisas que não podemos permitir que continuem”.

“Ele não tem um mandato para cortar nos cuidados de saúde de pessoas pobres”, argumentou Al Green.

O presidente norte-americano assumiu no discurso de terça-feira o crédito por “inaugurar a maior e mais bem-sucedida era da história” do país, advogando que realizou mais nos primeiros dias de Governo do que a maioria “realiza em quatro ou oito anos”.

Donald Trump adotou uma retórica de vitória, destacando que nas últimas seis semanas assinou cerca de cem ordens executivas e mais de 400 ações executivas para restaurar o “senso comum, a segurança, o otimismo e a riqueza” nos Estados Unidos.

Entre as figuras presentes no Capitólio estavam a primeira-dama, Melania Trump – que recebeu longos aplausos quando entrou no salão -, assim como Elon Musk, que também foi aplaudido pelos republicanos.

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