SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A resguardo da cantora Adele e da Sony Music fez um pedido de caução à justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (7) sobre o processo de plágio movido por Toninho Geraes. Os advogados da cantora pedem repositório de R$ 1 milhão aos autores para tapar os prejuízos da decisão liminar que pede a retirada da música “Million Years Ago” das plataformas digitais.

 

A liminar, emitida no último dia 15 de dezembro, proibia a Sony de reproduzir ou comercializar a tira, que é acusada de plágio da música “Mulheres” do brasílio. À Folha, o jurisconsulto de Toninho Geraes, Fredimio Trota, diz que a medida dos réus é uma cortinado de fumaça e de intimidação, afirmando que o músico irá rebater a medida.

“Eles peticionam com dois objetivos evidentes: lançar uma cortinado de fumaça para desviar o foco da falsidade e, ao mesmo tempo, tentar intimidar o responsável para que o mesmo esmoreça”, diz o jurisconsulto. Fredimio afirma que a ação teria sucedido depois de Toninho ter sofrido um incidente de hipertensão durante uma das audiências do caso, acusando a resguardo de Adele de usar golpes baixos contra a saúde frágil do compositor.

O jurisconsulto ainda diz que o pedido, além de moralmente perverso, é juridicamente descabido, citando casos na justiça brasileira em que é dispensável a prestação da caução. “Vamos rebater, naturalmente, mais esse expediente malicioso também no processo.”

Em fevereiro do ano pretérito, Toninho Geraes protocolou um processo contra a cantora. Ele pede R$ 1 milhão de indenização a ela, Greg Kurstin, o produtor da tira, e a três gravadoras que representam a obra da artista, entre as quais Sony e Universal, que têm sedes no Brasil.

No processo, ele também pede os direitos autorais da música, com juros e correção monetária. Mas o valor ainda é incalculável, por depender de dados sigilosos de vendas e audiência, aos quais a resguardo só terá aproximação mediante a um mandado judicial.

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