SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pela primeira vez, a Resguardo Social estadual emitiu um alerta severo de tempestade para os celulares dos moradores da cidade de São Paulo, pouco antes das 16h desta sexta-feira (24). E o alerta se mostrou acordado porque o que se viu na sequência foi um caos em toda a capital.
Várias ruas e avenidas foram alagadas, as escadas da estação Jardim São Paulo do metrô pareciam uma cascata, que acabou por inundar os trilhos, na risco 1-azul. Ou por outra, secção do teto do shopping Center Setentrião desabou.
O alerta da Resguardo Social foi recebido por todos os moradores das regiões afetadas. Mesmo os que não haviam se cadastrado receberam a mensagem.
Segundo o órgão estadual, o “alerta foi enviado utilizando o sistema Resguardo Social Alerta, por meio da tecnologia CellBroadCast. Todos os celulares com tecnologia 5G ou 4G receberam o alerta. O objetivo é para que a população se proteja durante levante temporal que possuí tempo estimado entre 30 minutos e 1 hora”.
A chuva atingiu mais fortemente as regiões setentrião e meão da cidade. Na estação Jardim São Paulo do metrô, a escada de aproximação à plataforma parecia uma cascata e os trilhos, que ficam no subsolo, alagaram, paralisando a risco 1-azul do metrô.
A avenida Sumaré, na profundeza do estádio Palestra Itália, encheu de chuva, parecendo uma lagoa.
Em Pinheiros, a rua dos Pinheiros também alagou, impedindo o tráfico na região. Assim porquê a avenida Rebouças.
Na Vila Madalena, na zona oeste, a enxurrada descia com força o tradicional Beco do Batman. As ruas do bairro também se encheram.
Na zona setentrião, secção do teto do shopping Center Setentrião desabou pelo excesso de chuva. A governo informou que as fortes chuvas provocaram vazamento e isolamento de algumas áreas. Esclarece ainda que as medidas necessárias estão sendo tomadas pelas equipes, e as áreas serão liberadas em breve. O shopping reitera que apesar do ocorrido, não houve vítimas.
A avenida Luiz Dumont Villares, na Paragem Inglesa, também alagou, deixando muitos veículos submersos.
O CGE (Núcleo de Gerenciamento de Emergências Climáticas) das Prefeitura de São Paulo havia posto a cidade em estado de atenção para alagamentos às 15h27, devido às chuvas que chegavam à capital tanto pela zona oeste quanto pela zona setentrião, praticamente ao mesmo tempo.
A previsão indicava a possibilidade de pancadas isoladas, porquê nos dias anteriores, mas desta vez a precipitação se mostrou generalizada, em quase todos os bairros.
Imagens do radar meteorológico do CGE mostram chuva possante com potencial para queda de saraiva nas Zonas Oeste, Setentrião, Leste e no Núcleo.
Essa quesito aconteceu em seguida uma tarde de possante calor com os termômetros na marca dos 31°C. Segundo o CGE, a chegada da brisa marítima, combinada com a grande disponibilidade de umidade na atmosfera, formou nuvens carregadas, de grande desenvolvimento vertical, e que produzem chuva possante acompanhadas de rajadas de vento e queda de saraiva.
Essa quesito estava sendo observada em várias cidades, porquê Jundiaí, Itupeva, Cotia, Barueri, Jandira, Mairiporã, Arujá, Santa Isabel e secção de Guarulhos. A sequência foi a chegada à capital paulista.
De combinação com os dados do Inmet (Instituto Vernáculo de Meteorologia) e do Cemaden, o bairro da Mooca foi onde mais choveu nas últimas seis horas na capital: 94,3 mm. Na sequência, ficaram: Limão (74,6 mm), Luz (73,2 mm), Itaim Paulista (64,2 mm), Jaraguá (63,5 mm), e Pinheiros (50,2 mm).
Ao menos dois voos tiveram de ser desviados do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, por desculpa da possante chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde desta sexta-feira (24).
Por decisão das companhias aéreas, houve dois pousos e duas decolagens cancelados em Congonhas.
O aeroporto ainda não fez um balanço dos prejuízos provocados por desculpa da chuva, mas às 17h ele estava crédulo para pousos e decolagens.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, outros dois voos teriam sido desviados para o Galeão no Rio de Janeiro. A informação, entretanto, não havia sido confirmada pela GRU Aiport, concessionária que administra do aeroporto da Grande São Paulo, até a publicação deste texto.
Os dados do CGE mostram ainda que janeiro acumulou até o momento 85,4 mm de chuva, o que corresponde a 33,2% dos 257,3 mm esperados para o mês.
Às 17h, o Corpo de Bombeiros divulgou ter recebido 20 chamados para inundação, três para desabamento e um para queda de árvore. Não houve vítimas.
Às 15h30, a Enel São Paulo informava que havia 26,6 milénio imóveis sem vigor elétrica na sua dimensão de licença que engloba 24 municípios na região metropolitana de São Paulo. Só na capital, 7,8 milénio residências estavam às escuras nesse horário.
Às 16h, os números já eram 82 milénio na região e 49,7 milénio na capital sem vigor. Uma hora depois, as residências sem luz já eram 179,6 milénio no totalidade e 141 milénio na capital.
Em nota, a Enel afirmou ter mobilizado previamente suas equipes para restabelecer a vigor aos clientes impactados pelas chuvas. O fornecimento de vigor foi afetado em alguns pontos, principalmente nas regiões leste e oeste.
“Neste momento, técnicos trabalham para restabelecer vigor para 157 milénio clientes que tiveram o serviço afetado, o que equivale a 1,9% dos 8 milhões de unidades atendidas pela empresa nos 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital”, disse a concessionária.
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