Um estudo publicado no Annals of Intensive Care põe na mesa o debate sobre os ventiladores mecânicos em indivíduos com quadros de insuficiência respiratória hipoxêmica aguda causada pelo novo coronavírus.
A investigação conduzida por investigadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, e citada pela Galileu, utilizou um modelo computacional criado para simular as características fisiológicas e cardiopulmonares de dez pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica aguda causada pela Covid-19, em tratamento com oxigênio suplementar. O objetivo era quantificar as forças mecânicas que poderiam resultar em lesões pulmonares, considerando diferentes níveis de esforço respiratório.
Os resultados mostram que as oscilações da pressão transpulmonar e pleural, os níveis de pressão motriz, o esforço pulmonar e a potência mecânica que têm sido associados a casos de lesões pulmonares induzidas por ventilação também foram observados em algumas das simulações do estudo: aquelas em que os pacientes tiveram de fazer maior esforço respiratório devido aos baixos níveis de oxigênio disponíveis no sangue.
Assim, o estudo concluí que “não há nenhuma razão para acreditar que a extensão da lesão será significativamente diferente, independentemente de as pressões excessivas serem geradas pelos músculos respiratórios na respiração espontânea ou por um ventilador mecânico”. “O nosso modelo descobriu que os pacientes que apresentam insuficiência respiratória hipoxêmica aguda causada pela Covid-19 podem estar em risco significativo de lesão pulmonar autoinfligida devido ao aumento dos esforços respiratórios”, acrescentam.
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