Mais de 18,8 milhões de pessoas que vivem no estado de São Paulo já tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que representa 53% da população adulta do estado, informou hoje (29) o governo de São Paulo.
Entre a população adulta do estado, 18% já completou o seu esquema vacinal, tomando também a segunda dose da vacina ou tomando a vacina da Janssen, que é aplicada em apenas uma dose. No Vacinômetro, disponível no site do governo paulista, aparece a informação de que 13,71% da população paulista já completou o seu esquema vacinal. Essa diferença nas porcentagens é explicada porque o site do governo de São Paulo considera o total da população do estado, incluindo crianças e adolescentes, que ainda não podem ser vacinados. A população adulta, acima de 18 anos de idade do estado é de cerca de 35,3 milhões de pessoas.
A vacinação no estado de São Paulo já tem provocado efeitos sobre as internações por covid-19, com queda nesse indicador. Há três dias consecutivos, o número de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) no estado tem ficado abaixo de 10 mil. Hoje, há 9.778 pacientes internados em UTIs e mais 10.419 internados em enfermarias. Apesar da queda, o número é ainda muito elevado, acima do pico da primeira onda da pandemia registrado em julho do ano passado.
Hoje, o estado registrou, pela primeira vez nos últimos três meses, uma taxa de ocupação de leitos de UTIs abaixo dos 75%. Em todo o estado, a taxa está hoje em 74,8%, enquanto na Grande São Paulo está em 68,9%.
Também pela primeira vez, em nove semanas, o estado voltou a apresentar queda em todos os seus principais indicadores relacionados à pandemia. No número de casos, a queda foi de 7,1% na semana passada (25a semana epidemiológica) em relação à semana anterior. Já as internações, no mesmo período de comparação, caiu 8,9% e as mortes tiveram queda de 2,9%. A última vez que isso tinha ocorrido foi na 16a semana epidemiológica, entre os dias 18 e 24 de abril. Essa queda nos três indicadores, segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, é resultado da vacinação.
“Nossa previsão é que São Paulo já passou pela pior fase [da pandemia] e que agora, em função da imunização, vamos reduzir gradativamente o número de casos graves, de UTIs e de óbitos”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.
Segundo dados do Centro de Contingência, 58% das pessoas internadas com a covid-19 em janeiro deste ano tinham idade acima de 60 anos. Com o início da vacinação para essa faixa etária, em junho essa população representava 25% do número de internados no estado. Isso também foi observado quando se considera apenas os pacientes internados em UTIs: em janeiro, 61% dos pacientes internados em UTIs tinham mais de 60 anos de idade. Em junho, esse número caiu para 28%. Atualmente, mais da metade dos pacientes internados em São Paulo tem idades entre 40 e 59 anos, faixa etária que está sendo vacinada neste momento.
A diretora Clínica do Hospital das Clínicas de São Paulo, Eloisa Bonfá, apresentou hoje dados sobre a queda no número de casos entre os profissionais da linha de frente da covid-19 que trabalham no hospital, que começaram a ser vacinados contra a covid-19 em janeiro deste ano.
Segundo ela, 22 mil funcionários do hospital foram vacinados com a CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan e a Sinovac. “Depois da vacinação, tivemos redução de 55% de casos após a primeira dose e 80% após a segunda dose. E isso ocorreu justamente quando São Paulo estava tendo um aumento expressivo de casos. Na primeira onda da pandemia, tivemos 94 internações [de funcionários do hospital] na primeira onda. Na segunda onda, tivemos apenas 14 internações”, disse.
Com informações da Agência Brasil
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