(FOLHAPRESS) – Projetos de preservação do envolvente, de proteção dos povos indígenas no Brasil e pesquisas científicas na Amazônia estão entre os prejudicados pelo incisão de financiamento para ajuda externa ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os cortes impactam projetos no Brasil, parcerias entre os países e uma rede de pesquisa científica que vem desde a dezena de 1980 e emprega centenas de profissionais nas duas nações.
Procurada, a embaixada dos EUA não respondeu sobre o valor do incisão nem sobre quantas iniciativas apoiadas podem permanecer sem recursos.
A Usaid, filial americana voltada para assistência internacional e ajuda humanitária, disse que toda a ajuda externa que não foi aprovada pelo Departamento de Estado (a diplomacia de Washington) está suspensa “com o objetivo de uma revisão minuciosa”.
Na última sexta (24), entidades ambientais foram informadas pela Usaid sobre a suspensão dos recursos por 90 dias. O ofício enviado pela filial, no entanto, não dá detalhes sobre o refrigeração. Sob suplente, cientistas e pesquisadores já admitem a suspensão de atividades e não descartam o fechamento de projetos em curso.
Um enviado solene da Moradia Branca divulgado ainda no dia 20 de janeiro, quando Trump tomou posse, afirma que a estrutura de assistência internacional dos EUA não estava alinhada aos interesses do país. O decreto suspende os repasses em todas as áreas por três meses para reavaliação. Durante esse período, será sentenciado quais financiamentos serão continuados, modificados ou encerrados.
De tratado com a Moradia Branca, a partir de agora serão aceitas exclusivamente iniciativas “alinhadas com a política externa do presidente”.
Desde que voltou ao missão, Trump já deixou o Negócio de Paris -tratado de metas globais para redução da emissão de poluentes-, cortou incentivos de projetos sustentáveis e impulsionou os combustíveis fósseis. É um contraponto ao seu predecessor, Joe Biden, que tinha um oração de preservação da Amazônia. Um dos últimos atos do democrata na Presidência foi, em uma viagem ao Brasil, o pregão de uma promessa de US$ 50 milhões (R$ 294 mi, na cotação atual) para ações de preservação no bioma -a verba ainda não saiu do papel, pendurado de aprovação do Congresso dos EUA.
Entre as iniciativas financiadas pela Usaid no Brasil está a Parceria pela Conservação da Amazônia, que reúne uma série de projetos em resguardo do bioma. Já a Mais Unidos, outro braço da filial, tem em seu portfólio iniciativas que oferecem internet na região, promovem projetos de manejo e restauração da floresta e aulas de inglês para indígenas, ribeirinhos, quilombolas, acadêmicos e em comunidades extrativistas.
Também recebem quantia dos EUA organizações porquê a WWF Brasil e o IEB (Instituto Internacional de Ensino do Brasil). Em 2023, Washington se comprometeu com US$ 638 milénio (R$ 3,7 milhões, na cotação atual) para o CTI (Meio de Trabalho Indigenista), verba que agora está em xeque.
Além dos cortes de financiamento, Trump endureceu regras migratórias, o que também gera mortificação entre pesquisadores que atuam no país. “Há vários pesquisadores brasileiros cá que estão em uma incerteza, que nunca houve, com susto de perderem seus vistos de permanência. Pessoas com família, filhos. Ninguém sabe o que vai sobrevir”, diz a observador Ludmila Rattis, que vive nos EUA.
Atualmente ela atua para o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), que fica no Brasil, e para o Woodwell Climate Research Center, com sede em Massachusetts -as duas entidades recebem verba do governo americano.
Cláudio Ângelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima, lembra que as parcerias com os EUA foram fundamentais para fomentar o conhecimento que se tem hoje sobre a Amazônia -a primeira de grande relevância, em 1985, para medir a pureza do ar do bioma.
“E foi por isso que a gente começou a olhar para o território amazônico com imagem de satélite. Toda a primazia do Brasil em reparo da Terreno hoje deriva desses programas de cooperação. Portanto, é uma relação histórica importantíssima”, diz ele.
Ângelo afirma que o movimento americano na dezena de 1980 foi uma resposta à influência que outras economias, porquê Alemanha ou Japão, exerciam sobre a América Latina. O resultado foi uma proliferação de acordos de cooperação.
O Programa da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (divulgado porquê LBA), um dos mais importantes centros de formação ambiental-científica, nasceu de tratado com a Nasa (filial espacial dos EUA), que mantém uma série de parcerias com o Inpe (Instituto Pátrio de Pesquisa Espacial).
“Hoje quem pilota a maior secção disso são pesquisadores brasileiros, que inclusive ensinam para o resto do mundo porquê fazer monitoramento de floresta tropical. Mas esse incisão é um sinal dos tempos. Um tanto que teve uma relevância gigantesca e que está sendo assassinado hoje, numa canetada”, completa.
Leia Também: Meta vai pagar R$ 150 mi a Trump por suspender contas após 6 de janeiro