Um novo estudo britânico alerta que o ato de tossir apresenta um risco 10 vezes superior de transmitir o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, comparativamente a falar ou respirar. Cientistas afirmam que o novo estudo pode ajudar a explicar o motivo por que tantos profissionais de saúde teriam contraído a doença e que o risco de infecção pode afinal ser superior ao que se pensava, reporta o jornal The Guardian.
Os trabalhadores hospitalares estão quatro vezes mais propensos a contrairCovid-19, comparativamente ao resto da população em geral.
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No Reino Unido, os especialistas têm apelado para a distribuição de melhores equipamentos de proteção individual (EPI) e para uma melhor ventilação hospitalar, como resultado do estudo conjunto da Universidade de Bristol e do North Bristol NHS Trust.
O acesso a EPI de nível superior – como máscaras respiratórias FFP3 – baseia-se no pressuposto de que as enfermarias de unidades de cuidados intensivos são mais perigosas.
Isto porque os tratamentos que requerem a pressão positiva contínua da via aérea (CPAP) a fim suportar a respiração dos pacientes geram grandes quantidades de partículas.
A nova pesquisa, que ainda não foi revista pelos seus pares, demonstra que o risco é superior ao que previamente se acreditava.
Segundo o médico James Dodd, consultor sénior em medicina respiratória no North Bristol Lung Centre e na Universidade Bristol, que liderou o estudo: “oCPAP não gera aerossóis – na verdade, os aerossóis são reduzidos em comparação com a respiração e a fala normais”.
“Contudo, a tosse realmente é um potente gerador de aerossóis”.
Acrescentando: “[o risco] parece ser muito maior do que supusemosinicialmente”.
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