Dados do INCAdivulgados no último de 29 de setembro relevam que, “no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2019a)”.
A entidade diz ainda que “o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar. A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada por idade pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente (INCA, 2022)”.
Que tal uma matéria para destacar o porquê de a prática de atividade física ser amiga do câncer de mama (e de outros tipos), destacando prevenção e tratamento e aproveitando o gancho do Outubro Rosa?
“Apesar dos avanços no diagnóstico precoce e no tratamento de muitos tipos de cânceres, o câncer continua sendo uma das doenças mais temidas. O estilo de vida saudável é um dos principais aliados na luta contra o câncer. Além da alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos é capaz de prevenir diversos tipos de cânceres, como mama, cólon, endométrio, esôfago, estômago, rins, leucemias, mieloma, bexiga e cabeça e pescoço”, diz a diretora-executiva da Ipanema Health Club dra. Renata Castro, também médica cardiologista, especialista em medicina esportiva.
A redução do risco de ocorrência destes cânceres pode ser explicada pelos efeitos biológicos da atividade física, como:
1. Redução dos níveis sanguíneos de hormônios como insulina, estrogênio e alguns fatores de crescimento;
2. Redução da atividade inflamatória;
3. Melhora do sistema imunológico.
Além disso, em pacientes já diagnosticados com câncer a atividade física regular traz inúmeros outros benefícios, como:
1. Melhora da qualidade de vida;
2. Melhora da autoestima;
3. Melhora da composição corporal;
4. Melhora da capacidade funcional;
5. Redução da ansiedade;
6. Redução da mortalidade;
“Por esses motivos, as diretrizes de tratamento oncológico incluem a atividade física como um dos seus pilares e sugerem que oncologistas orientem os pacientes sobre a importância do treinamento físico. Entretanto, a rotina de trabalho dos oncologistas é pesada e eles não recebem treinamento adequado sobre como prescrever atividade física para seus pacientes. Assim, infelizmente, estudos mostram que cerca de 84% os oncologistas acabam não orientando seus pacientes sobre como utilizar a prática de exercícios no seu tratamento e, com isso, 68% dos pacientes permanecem sedentários durante o tratamento”, explica a médica.
“Visando reverter esta estatística e obter orientação adequada sobre a prática de atividade física para seus pacientes, alguns oncologistas têm recorrido à medicina esportiva como sua aliada. Nesses casos, especialistas em medicina do esporte farão a avaliação dos pacientes e orientação a prática de atividade física de forma segura, maximizando os resultados do tratamento contra o câncer”, finaliza a diretora executiva da Ipanema Health Club.
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