Diversas interpretações surgiram sobre a desculpa do acidente airado inevitável ocorrido neste domingo (29), no condado de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul. Investigações preliminares apontam uma irregularidade estrutural causada por uma “colisão com pássaro” porquê o principal motivo.
De congraçamento com a filial sul-coreana Yonhap News, alguns especialistas sugerem razões alternativas, incluindo falhas técnicas. Eles argumentam que para um acidente dessa magnitude ocorrer, motores e freios em ambos os lados da avião precisariam falhar, o que torna improvável que uma colisão com pássaro, isoladamente, tenha causado a irregularidade simultânea de componentes tão críticos.
O avião da Jeju Air, que transportava 181 pessoas, aproximou-se do Aeroporto Internacional de Muan, sobre 288 quilômetros de Seul, por volta das 8h54. Às 8h58, a avião declarou emergência, unicamente um minuto posteriormente a torre de controle enunciar um alerta de colisão com pássaros. Às 9h, tentou pousar no sentido oposto à pista, informou o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transporte.
Três minutos depois, a avião colidiu com uma barreira de concreto sem que o trem de pouso estivesse acionado. O avião não conseguiu reduzir a velocidade antes de atingir o término da pista e colidir com o muro. Especialistas em aviação concordam amplamente que a irregularidade no trem de pouso foi uma desculpa direta do acidente.
“Se você observar o vídeo, o trem de pouso não foi acionado, e o avião colidiu com pouquíssima redução de velocidade”, explicou o professor Choi Kee-young, da Universidade de Inha. “Um avião possui vários sistemas de frenagem. Se o trem de pouso não funciona, os motores reversos e os flaps das asas, que atuam porquê freios aerodinâmicos, entram em ação. Mas parece que isso não ocorreu neste caso.”
Especialistas consideram a colisão com pássaros a desculpa mais provável da irregularidade no trem de pouso, já que o impacto pode ter afetado tanto o motor quanto o sistema hidráulico.
“Se pássaros entram no motor, podem suscitar danos que afetam o sistema hidráulico conectado”, afirmou Kim Kyu-wang, diretor do Meio de Instrução em Aviação da Universidade Hanseo. “O sistema hidráulico é responsável por acionar o trem de pouso durante decolagens e pousos, e essa segmento pode ter sido danificada.”
No entanto, alguns argumentam que uma irregularidade isolada em um motor devido a uma colisão com pássaro dificilmente resultaria em um desfecho tão catastrófico.
Eles apontam que, mesmo com a irregularidade de um motor, o outro poderia ter acionado o trem de pouso, sugerindo a possibilidade de problemas sistêmicos adicionais.
“Em caso de pouso forçado, a avião precisa desacelerar gerando mais arrasto com as asas, mas isso não foi visível no vídeo”, afirmou o professor Choi.
“Minha hipótese é que ambos os motores falharam”, acrescentou. “Se ambos os motores falham, a avião inteira perde potência, e os comandos do piloto não funcionam.”
Especialistas pedem uma investigação detalhada para instaurar se o acidente foi causado por uma colisão com pássaros, um defeito estrutural ou falhas de manutenção.
“Precisamos estudar as causas, mas é muito incomum que os três trens de pouso falhem ao mesmo tempo”, destacou Kim In-gyu, diretor do Meio de Instrução em Aviação da Universidade Aeroespacial da Coreia.
“É difícil concluir que unicamente uma colisão com pássaro foi responsável. Também precisamos investigar se a avião apresentava defeitos pré-existentes.”
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