SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Claudia Leitte, 44, falou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo a música “Caranguejo”. A cantora foi denunciada ao Ministério Público por mudança na letra da melodia. A ação aponta uma suposta postura discriminatória da artista ao substituir o termo Iemanjá, orixá dos mares, por outro termo religioso.

 

“Esse é um tópico muito sério. Daqui do meu lugar de privilégio, o racismo é uma taxa que deve ser discutida com a devida seriedade, e não de forma superficial. Prezo muito pelo saudação, pela solidariedade e pela integridade. Não podemos negociar esses valores de jeito nenhum, nem jogá-los ao tribunal da internet. É isso”, disse Claudia, durante uma coletiva de prensa, conforme publicado por O Orbe.

Artista voltou a remover da música um trecho que cita Iemanjá. O novo incidente aconteceu durante apresentação no pré-Réveillon do Recife, no domingo (29). Em vídeos compartilhados nas redes, ela aparece cantando a música e fazendo novamente a substituição.

Ela canta “Eu senhor meu Rei Yeshua” em vez de “Saudando a rainha Iemanjá”, porquê anteriormente. O termo Yeshua significa “salvar” em hebreu e, em algumas religiões, considera-se a termo porquê o nome original de Jesus Cristo.

MP RECEBE DENÚNCIA
O Ministério Público da Bahia recebeu e avaliará uma denúncia contra a cantora. Claudia aparece cantando “Eu quina meu Rei Yeshua” em vez de “Saudando a rainha Iemanjá”.

Cantora teve conduta considerada difamatória, degradante e discriminatória, segundo a denúncia. Splash teve aproximação ao documento formalizado por Iyalorixá Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do Ilê Axè Abassa de Ogum, e pelo Idafro (Instituto de Resguardo dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras).

Denúncia será avaliada pela promotora Lívia Sant’Anna Vaz. Caso entenda que a solicitação é válida, Ministério Público da Bahia oferecerá denúncia para que o caso seja investigado pelas autoridades e, exclusivamente posteriormente uma estudo de provas, serão apontados supostos crimes praticados.

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