Em um dos depoimentos prestados pelo tenente-coronel Mauro Cid, delator no interrogatório que investigou esquema envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma tentativa de Golpe de Estado, há enunciação de que o ex-chefe do Poder Executivo federalista pediu levantamento de valores de presentes recebidos de autoridades da Arábia Saudita. O esquema da ingresso proibido de joias sauditas no País por Bolsonaro foi revelado em março de 2023 pelo Estadão.

 

O prova ocorreu à Polícia Federalista, em agosto de 2023. O teor do prova, incluindo os vídeos das oitivas, foi tornado público na quarta-feira, 19, pelo ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes.

Ex-presidente tem dito que a delação de Cid é “fantasiosa”. Ele também afirma que denúncia da Procuradoria-Universal da República é ‘inepta’, ‘precária’ e ‘incoerente’.

“Ele pediu para verificar quais seriam os presentes que poderiam ter qualquer valor. A maneira mais fácil de quantificar seria pelos relógios, por pretexto da marca. Eu fiz um levantamento. A gente viu qual relógio poderia ser quantificado, qual podia realmente ter qualquer valor. Nessa relação, o Rolex estava entre eles. Apresentei essa lista (para Bolsonaro) e ele falou: ‘Pô, bicho, vamos tentar vender isso cá?’ Ele autorizou a vender o Rolex e outros apetrechos”, afirmou Cid em seu prova à PF.

Ainda de conformidade com Cid, o portanto presidente Bolsonaro tinha intenção de vender os produtos recebidos na exigência de superintendente de Estado para arcar com multas judiciais. Ele citou, por exemplo, uma pena sofrida pelo portanto presidente em uma ação movida pela deputada federalista Maria do Rosário (PT-RS).

“Multas que recebia pelo não uso de máscara, pelo não uso de cimeira. Os gastos com ações judiciais, uma vez que (processo) da Maria do Rosário, em que ele foi em R$ 500 milénio multado”, afirmou em outro trecho da gravação.

Em julho do ano pretérito, a PF indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas no caso das joias sauditas. A corporação imputa ao ex-chefe do Executivo supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de numerário.

Em sua delação, Mauro Cid afirmou que entregou ao ex-presidente US$ 86 milénio decorrentes da venda de joias recebidas uma vez que presentes enquanto superintendente de Estado.

O montante corresponde a US$ 68 milénio obtidos com a venda dos relógios Rolex e Patex Philippe a uma loja na Filadélfia e mais US$ 18 milénio da venda de demais joias em um meio especializado de Miami, ambas cidades nos Estados Unidos. O valor foi fracionado e entregue em espécie a Bolsonaro em diferentes ocasiões, para evitar que “circulasse no sistema bancário”, segundo Cid.

As joias eram um presente do regime saudita para o portanto presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos (SP). Estavam na mochila de um militar, assessor do portanto ministro de Minas e Força, Bento Albuquerque, que viajara ao Oriente Médio em outubro de 2021.

Ao saber que as joias haviam sido apreendidas, o ministro retornou à espaço da alfândega e tentou usar o função para liberar os diamantes. Foi nesse momento que Albuquerque disse que se tratava de um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle. A cena foi registrada pelas câmeras de segurança, uma vez que é de praxe nesse tipo de fiscalização. Mesmo assim, o agente da Receita reteve as joias, porque, no Brasil, é obrigatória a enunciação ao Fisco de qualquer muito que entre no País dos quais valor seja superior a US$ 1 milénio.

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