(FOLHAPRESS) – Fortes chuvas registradas na madrugada deste domingo (12) deixaram ao menos dez pessoas mortas nas cidades de Ipatinga e Santana de Paraíso, em Minas Gerais.
A maioria das vítimas é de Ipatinga (a respeito de 150 quilômetros de Belo Horizonte), onde nove pessoas perderam a vida, sendo duas crianças e dois idosos, depois desabamento de casas.
Segundo o prefeito Gustavo Nunes (PL), uma pessoa está desaparecida e tapume de 150 estão desalojadas, ou seja, tiveram de ir para a lar de amigos ou parentes.
Em Santana de Paraíso, cidade vizinha a Ipatinga, pelo menos uma pessoa morreu no hospital depois de ser resgatada do desabamento de uma lar.
De harmonia com o prefeito de Ipatinga, o bairro Bethânia, um dos mais atingidos, registrou precipitação de 204 milímetros durante a madrugada.
“Mas não foi só a precipitação dessas últimas horas, teve chuva praticamente todos os dias no último mês, que deixou a terreno molhada. Tivemos um número muito proeminente de deslizamento de terreno em vários bairros”, disse Gustavo Nunes, durante entrevista coletiva.
Ele ainda disse que há previsão de chuva de 40 milímetros até a manhã de segunda (13), e pediu que a população evite locais de risco e que aqueles que foram retirados pela Resguardo Social não retornem para suas casas.
Afirmou também que Ipatinga convive com um problema de ocupação irregular de territórios há 60 anos e que a prefeitura faz seu papel para evitar novas construções nessas áreas.
Uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade chegou a ser inundada pela chuva e pela lodo, e os pacientes foram transferidos para o hospital municipal de Ipatinga.
A prefeitura declarou neste domingo situação de emergência por meio de decreto, que tem vigência de seis meses. Também disse que o estádio municipal foi disponibilizado para acoitar os desalojados e está recebendo as doações.
“No momento não estamos precisando de doações de roupas, mas de chuva mineral, provisões, produtos de higiene pessoal e de limpeza para repartir a famílias atingidas”, afirmou o prefeito.
Um decreto que será publicado amanhã vai permitir à prefeitura depositar um salário mínimo para os atingidos que se encaixarem nos termos previstos em lei.
Sobre a falta de alerta para a população antes das chuvas, o prefeito afirmou que a chuva pegou todos de surpresa.
“Não tinha essa previsão para poder alertar, foi de madrugada, começou às 3h de forma mais intensa”, disse o prefeito. Ele ainda afirmou que em um bairros da cidade, quando a chuva se intensificou, os moradores deixaram suas casas antes de elas desabarem.
De harmonia com boletim da Resguardo Social de Minas Gerais da última sexta (10), 13 pessoas haviam morrido até o momento no estado em decorrência das chuvas no atual período pluvioso, que se estende de setembro a março.
O governador Romeu Zema (Novo) deve ir a Ipatinga na manhã desta segunda (13) para seguir os trabalhos de atendimento às vítimas.
Ao todo atuam nos resgates 67 militares e 16 viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Há ainda três equipes da Resguardo Social.
Zema disse em publicação nas redes sociais que se solidariza com as vítimas e que colocou a estrutura do estado à disposição do prefeito de Ipatinga.
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