Cerâmica do acervo arqueológico do MHS será exposta na 34ª Bienal de São Paulo

Um vaso de cerâmica do acervo arqueológico do Museu Histórico Sorocabano (MHS) vai compor a mostra coletiva da 34ª Bienal de São Paulo – “Faz escuro mas eu canto”, que ocupará o Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque do Ibirapuera, na capital paulista, entre 4 de setembro e 5 de dezembro deste ano. A peça do acervo não possui uma datação exata, mas, possivelmente, é do período colonial, entre o século XVII e o século XIX, e vai compor um conjunto de cerâmicas paulistas na mostra.

“Sorocaba tem enorme prazer e orgulho de emprestar uma peça do Museu Histórico e colaborar com a maior exposição de arte contemporânea da América Latina. Ficamos muito felizes com o interesse da curadoria da Bienal. Nossa cidade foi uma importante rota de tropeiros e bandeirantes do Brasil e essa cerâmica é um registro histórico importante da nossa cultura”, destaca o secretário da Cultura de Sorocaba, Luiz Antonio Zamuner.

A 34ª Bienal de São Paulo tem curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, Paulo Miyada, Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez, enfatizando a poética da relação e reivindicando o direito à complexidade e à ambivalência das expressões da arte e da cultura, assim como das identidades dos sujeitos e dos grupos sociais.

A curadoria da Bienal de São Paulo entrou em contato com a Secretaria da Cultura de Sorocaba, no primeiro semestre deste ano, para solicitar o empréstimo da cerâmica. Foi realizado todo o procedimento necessário, incluindo a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que é responsável por autorizar qualquer movimentação dos bens arqueológicos no país. A equipe da Bienal de São Paulo fez a visita técnica e, na última sexta-feira (20), realizou a coleta da obra.

O acervo do MHS conta toda a história do surgimento do município e seus moradores e personalidades, muitos com participação ativa na formação e desenvolvimento, não só da cidade, como do país. O espaço possui peças, desde mobiliário, quadros, objetos de arte popular, material arqueológico histórico e pré-histórico riquíssimo, com urnas funerárias, cerâmicas, pedras lascadas, machados líticos, pontas de flecha, além de peças nem tão antigas, como máquinas registradoras, de datilografia, de costura, relógios, bustos, entre outros.

A exposição “Faz escuro mas eu canto” poderá ser conferida às terças, quartas, sextas e domingo, das 10h às 19h, e quintas e sábados, das 10h às 21h, de 4 de setembro a 5 de dezembro, com entrada gratuita. O Parque Ibirapuera está localizado na Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 3, em São Paulo (SP). Mais informações sobre a Bienal de São Paulo podem ser conferida no site: http://www.bienal.org.br/.

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