Pouco depois a vitória do Brasil sobre a Bolívia no Sul-Americano Sub-20 neste domingo, a CBF informou que enviou uma representação à Conmebol e às autoridades venezuelanas por conta de atos racistas sofridos pelo atacante Rayan. Segundo a entidade, ele teria sido chamado de “mono” (macaco, em espanhol) e visto o goleiro boliviano Fabián Pereira fazendo um gesto imitando o bicho em sua direção. Ele e o resto da equipe denunciaram o caso à arbitragem.
Antes do silvo final, alguns focos de confusão surgiram no gramado do estádio Misael Magro, na cidade de Valencia, na Venezuela, onde foi disputada a partida. Nas imagens de transmissão, foi provável notar o meio-campista do Corinthians Breno Bidon expondo os gestos ao perito Michael Espinoza. E ainda de concórdia com a confederação, Rayan reiterou no vestiário, depois do final da partida, a mímica do arqueiro rival.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, repudiou o ocorrido e ressaltou que a entidade tomará providências. “É repugnante presenciar novamente atos de racismo contra um desportista. Racismo é delito e vou sempre me solidarizar. Não podemos regularizar. Estamos tomando medidas efetivas para punir os responsáveis com rigor”, afirmou o dirigente.
O jogo em si terminou em 2 a 1 para o Brasil. Breno Bidon, um dos primeiros a denunciar o provável ato de racismo, marcou o segundo gol da seleção e foi um dos regentes da vitória. Com o resultado, a equipe de Ramon Menezes ocupa a terceira colocação do Grupo B e entrou na zona de classificação ao sextavado final do torneio.