O uruguaio Edinson Cavani teve uma segunda-feira agitada e de celebridade. Depois de sair em baixa do Valencia, da Espanha, desembarcou em Buenos Aires pela manhã para ser apresentado pelo Boca Juniors nos braços da torcida. Bastante festejado, o atleta de 36 anos seguiu para exames no clube, no qual recebeu a pesada camisa 10 e fez juras de amor. O contrato é até o fim de 2024.
“Tinha vontade de voltar para perto de casa e não havia um clube melhor que o Boca Juniors para dar os últimos passos da minha carreira”, disse o jogador, que esteve no radar de times brasileiros como Flamengo e Corinthians, e que defenderá o número que já foi dos astros Maradona, Riquelme e Tevez. ” Usar a 10 no Boca é uma grande responsabilidade.”
O astro foi recepcionado por milhares de torcedores no gramado de La Bombonera e não conseguia esconder a alegria. Acompanhado dos filhos Bautista, Lucas e Salvador, todos devidamente uniformizados com as cores da nova equipe, o atacante disse que a família estava “honrada” pelo acerto. “Todos estão muito felizes, família inteira contente.”
E claro, não poupou nas frases de efeito para ganhar o torcedor. “Vou fazer de tudo para estar 100% logo para ajudar o Boca Junior. É o maior clube da América do Sul e está entre os melhores do mundo”, afirmou o centroavante. O atacante ainda não sabe quando estreia, mas as primeiras palavras de como se comportará na nova casa empolgaram os xeneizes. “Jogarei como se fosse um torcedor de toda vida. Darei o máximo do primeiro ao último minuto. Agora é só esperar a bola rolar.”
O Boca Juniors encara o Nacional-URU pelas oitavas de final da Copa Libertadores e os jornalistas queriam saber como seria para ele enfrentar um time de seu país. A ida acontece em Montevidéu nesta quarta-feira. Cavani despistou e disse que a decisão é do técnico – ainda precisa ser inscrito na Conmebol.
Sexto artilheiro em atividade no mundo com 437 gols, porém, ele não escondeu que chega com ambição de balançar as redes muitas vezes para apagar a má impressão de somente fazer 7 gols em 28 jogos pelo Valencia, e sonhando com um título: “Desde criança que sonho em ser campeão da Libertadores.”