Casos de síndrome respiratória grave aumentam em 10 capitais

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) registraram um prolongamento em dez capitais e seis estados brasileiros no período nos primeiros sete dias de dezembro, aponta o mais recente boletim Infogripe divulgado pela Fiocruz (Instalação Oswaldo Cruz) na quinta-feira (12).

 

O informe destaca também um aumento de casos graves de Srag, principalmente associados à Covid, que tem afetado, em próprio, idosos no estado do Ceará.

As capitais que apresentaram sinais de subida de Srag em universal foram Aracaju (Sergipe), Brasília (Província Federalista), Boa Vista (Roraima), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Florianópolis (Santa Catarina), Fortaleza (Ceará), João Pessoa (Paraíba), Porto Velho (Rondônia), São Luís (Maranhão) e Vitória (Espírito Santo).

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Infogripe, destacou um prolongamento significativo nas hospitalizações em quatro unidades federativas: Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão e Província Federalista. Ela atribui esse cenário principalmente ao impacto do rinovírus, que tem afetado principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos.

Os dados das últimas quatro semanas epidemiológicas revelam que a prevalência entre os casos positivos foi de 7,2% para influenza A, 7,9% para influenza B, 6,9% para o vírus sincicial respiratório (VSR), 40,5% para rinovírus e 29,6% para Sars-CoV-2 (Covid). Entre os óbitos, as prevalências foram de 9,7% para influenza A, 11,3% para influenza B, 0% para VSR, 17,2% para rinovírus e 58,6% para Sars-CoV-2 (Covid).

O rinovírus é um dos principais causadores de resfriados comuns, sendo um vírus respiratório altamente transmissível que afeta frequentemente crianças. Por outro lado, os vírus Influenza A e B são responsáveis pela gripe sazonal.

A Influenza A é notória por provocar surtos e pandemias mais graves, enquanto a Influenza B tende a resultar em sintomas mais moderados e é menos frequente em epidemias. Ambos os tipos de influenza podem suscitar doenças respiratórias que variam de leves a severas, apresentando riscos elevados de complicações para idosos, crianças e pessoas com condições de saúde pré-existentes.

Nesse contexto, é importante manter a vacinação em dia, particularmente para indivíduos em grupos de risco, tais uma vez que idosos, crianças, grávidas, puérperas, indígenas e profissionais de saúde. Também é aconselhado o uso de máscaras em ambientes com subida concentração de pessoas, pouca ventilação e em unidades de saúde.

Outrossim, a pesquisadora recomenda o isolamento domiciliar para aqueles que apresentem sintomas de gripe ou resfriado e enfatiza a prestígio de procurar assistência médica imediata caso os sintomas se agravem.
Ao longo das últimas oito semanas epidemiológicas, a estudo de incidência e mortalidade destaca que as faixas etárias mais jovens e mais velhas são as mais afetadas. Crianças de até dois anos apresentam a maior incidência de Srag, enquanto a mortalidade é mais significativa entre idosos de 65 anos ou mais.

Nos casos de Srag atribuídos à Covid, tanto a incidência quanto a mortalidade predominam entre as crianças pequenas e os idosos, com uma proporção de óbitos consideravelmente elevada entre os mais velhos. Quanto a outros vírus em circulação no país, uma vez que o rinovírus, os registros de Srag são particularmente altos entre as crianças pequenas.

Em novembro, o boletim da Fiocruz apontava um aumento nos casos graves de Srag por rinovírus entre crianças e adolescentes nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Maranhão.

No mesmo período, as infecções por Covid continuaram em queda na maioria dos estados, com exceção do Rio de Janeiro, que registrou uma tendência de subida. O relatório também apontou prolongamento de Srag em 11 estados e dez capitais nas últimas seis semanas.

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