Carta pela Democracia e críticas a Bolsonaro são principais assuntos do Twitter

Enquanto ocorre a leitura da Carta pela Democracia elaborada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na manhã desta quinta-feira (11), o conteúdo do documento e críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, inundam as redes sociais e destacam-se como os assuntos mais falados do dia. Até o fim da manhã de hoje, a hashtag Bolsonaro Sai, Democracia Fica ocupava a primeira posição da rede social no Brasil, com mais de 16 mil tweets pouco antes das 12h.

Dos dez assuntos mais comentados no Twitter no Brasil nove são da Carta pela Democracia. Entre algumas publicações está a de que o dia 11 de agosto será um movimento para se ter continuidade nas manifestações de 7 de setembro. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o presidente e seus aliados tiveram sucesso em associar a data de independência do Brasil deste ano a um ato político em seu apoio.

Quando faltava um mês da data, as menções no Twitter crescem acompanhadas de termos como “Bolsonaro” e “Copacabana” e hashtags sobre as eleições de 2022 – e praticamente ignoram a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Os dados são do Monitor de Redes do Estadão, ferramenta lançada nesta quarta-feira (10), que acompanha o desempenho dos candidatos nas plataformas digitais.

Reações ao manifesto

O coordenador do programa de governo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aloizio Mercadante (PT), participa dos atos pela democracia na Faculdade de Direito da USP. “Não é a eleição, é uma encruzilhada histórica. A democracia precisa preservar as instituições e ele o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição as agride diariamente”, disse o petista. Ao ser questionado se os atos pela democracia beneficiam Lula, respondeu: “Não é essa a discussão. É o respeito ao resultado das urnas”.

Também presente no ato, o vereador e candidato a deputado estadual pelo PT Eduardo Suplicy classificou o movimento como uma resposta às investidas contra a Constituição por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). Suplicy, que participou da leitura da Carta aos Brasileiros em 1977, classificou o ato como “lindo” e se diz “emocionado”.

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