Embora a expectativa do mercado seja de uma supersafra de soja para 2025 – o que deve contribuir para um consolação nos preços agropecuários no atacado – as carnes e o moca, que ainda devem seguir pressionados, devem barrar uma desaceleração mais expressiva para os preços agropecuários ao produtor em 2025, segundo economistas consultados pelo Estadão/Broadcast.

A perspectiva de uma músculos mais faceta é sustentada pelo ciclo pecuário atual do boi gordo, além dos efeitos climáticos e desabono do câmbio, que marcaram o termo de 2024. Adicionalmente, observam os analistas, a expectativa de um aumento das exportações brasileiras deve ser mais um vetor de pressão.

Por consequência, o aumento da músculos bovina contamina os preços de proteínas alternativas, uma vez que músculos de frango, de porco, e também, o consumo de ovos.

“A músculos vai permanecer faceta e isso vai ter efeitos políticos. Vai permanecer faceta também em 2026 e 2027. Se tivesse de fazer uma aposta, a mais segura que eu teria é: o boi gordo vai permanecer mais dispendioso em 2025 e vai demorar um pouco para desabar”, avalia o economista da LCA 4intelligence Francisco Pessoa. O cenário da lar conta com subida de 17% do boi gordo na ponta e de mais de 35% na média anual em 2025.

As carnes no atacado acumularam subida de 37,40% em 2024, segundo a Instauração Getulio Vargas (FGV).

O economista Fabio Romão, também da LCA 4intelligence, avalia que, embora a expectativa seja de uma supersafra de soja para leste ano, o viés para os preços no atacado é de subida. Adicionado a esse fator, ele reforça que a dinâmica atual das carnes exclui a possibilidade de uma queda nos agropecuários neste ano, que deve fechar em 4,7%, mais moderado que a subida de 15,20% em 2024. “Esse cenário de proteínas para esse ano vai estar muito apertado”, frisa o economista.

O economista da FGV Matheus Dias também descarta uma queda dos preços agropecuários neste ano, e lembra do cenário de dólar pressionado e dos repasses que foram adiados pela demanda de alguns setores, uma vez que o cafeeiro.

Só em 2024, o moca em grão no atacado encerrou o ano com progresso de 120,40%, de contrato com a FGV.

“O moca possui um peso grande no IPA-Agro, a tendência é que ele continue pressionando a inflação em 2025, mesmo que em um nível menor, avalia. Ou por outra, Dias avalia que o grupo de carnes deve se manter em subida e firmar a pressão no IPA em 2025.

IPCA

Romão, da LCA, avalia que, em menor medida, o IPA-Agro também pode contribuir para compreender a dinâmica da alimento no estância do Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Extenso (IPCA).

“Percebemos que as proteínas são um ponto de pressão importante no ano”, alerta o economista. A estimativa da lar é que as carnes registrem elevação ainda na lar dos dois dígitos no IPCA em 2025, de 16,4%, depois o progresso de 20,84% em 2024. Já a alimento no estância deve passar de 8,23% para 8,2%.